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Lateral Renê do Flamengo é alvo de xingamentos e preconceito no Twitter


Piauiense Renê: ano mágico na carreira

Piauiense Renê: ano mágico na carreira Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Eleito o craque do Brasileirão do ano passado, lateral esquerdo Renê, do Flamengo, foi hostilizado nas redes sociais e agredido verbalmente por um grupo de "torcedores" no Twitter, depois da derrota por 2x0 para o Emelec do Equador, na quarta-feira (24), pela Copa Libertadores. Renê Rodrigues Martins, que é piauiense, foi chamado de "paraíba desgraçado" no Twitter.

A agressão a Renê acontece uma semana depois que o presidente Bolsonaro foi flagrado em um vídeo chamando os governadores do Nordeste de “paraíbas”, demonstrando todo o preconceito de muitos cariocas contra os nordestinos.

O termo “paraíba” é usado de maneira preconceituosa e pejorativa pelos cariocas para diminuir os nordestinos que moram no Rio. Em São Paulo, nordestino é "baiano", com a mesma carga de preconceito. As pessoas que migram do Nordeste, em busca de oportunidade de trabalho, de melhoria da qualidade de vida, são alvos desse tipo de preconceito no bairro onde moram, na escola, no trabalho e até no lazer. E se calam. Até aceitam, quando deveriam reagir.  

Renê é piauiense, jogou no Sport Club do Recife de 2012 até o fim de 2017, onde foi campeão da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano.Vestiu a camisa do Flamengo depois dessefeito. E ganhou a posição. Noano passado, ganhou aBola de Prata da ESPN e o Prêmio Craque do Brasileirão, do GloboEsporte.com (TV Globo), como o melhor lateral-esquerdo da competição.

Agressão física

O meia Diego, que operou o tornozelo esquerdo fraturado, depois de uma entrada criminosa de um jogador do Emelec na partida da quarta-feira, também foi vítima de agressão de baderneiros travestidos de torcedores do rubro-negro carioca. Diego foi xingado no embarque para o Equador e reagiu. Os seguranças do clube tiveram que intervir para que o jogador não fosse agredido fisicamente.

Os twitteiros que agrediram verbalmente o jogador do Flamengo apenas reproduzem o discurso preconceituoso de um chefe de Estado que vive cometendo gafes, cujos filhos são tão - ou mais - mal educados quanto o pai; um presidente que fala o que vem na cabeça, sem se dar conta de que ainda é o nº 1 do Brasil. Piadas sem graça em solenidades, falas entrecortadas por comentários infames. A ficha dele ainda não caiu.

Os ataques no Twitter:      

Fonte: MEIA PALAVRA

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Paulo Pincel

Paulo Pincel

Paulo Barros é formado em Comunicação Social-Jornalismo/UFPI; com Especialização em Marketing e Jornalismo Político/Instituto Camilo Filho
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