Durante a reunião com o primeiro escalão, no final da manhã desta terça-feira (7), o governador Wellington Dias recomendou foco no equilíbrio financeiro do Estado como forma de conseguir realizar algum investimento nos próximos anos. Ele avisou aos auxiliares que vai cobrar resultados. E quem não cumprir metas vai sair.
O equilíbrio financeiro é fundamental para manter investimentos, defendeu Dias, anunciando uma nova sistemática de controle da folha de pagamento e dos contratos de pessoal – terceirizados e prestadores de serviços. “Vamos ter um tratamento rigoroso nas escolhas de diretores e áreas técnicas, em especial na Educação”, avisou.
A qualificação das equipes nos órgãos estaduais vai ser outra novidade. “Acredito na política e não podemos ignorar sua importância, mas precisamos dar o devido espaço ao caráter técnico. O povo quer resultado. Por isso, vamos ter muito cuidado com as duas principais despesas do Estado que são pessoal e custeio”.
IDH
Melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Piauí é outra meta. “Faremos o monitoramento total do IDH. Vamos construir um plano para o desenvolvimento de todas as regiões com base no mapa de potencialidades dos doze territórios e acompanhar o IDH por território. Vamos trabalhar para corrigir as disparidades. Levar ações que signifiquem a melhoria da qualidade de vida em cada região piauiense”, adiantou o governador, que fez questão de cumprimentar, um por um, os escolhidos para comandar a máquina estatal neste quarto mandato petista.
Termo
Os gestores terão assinar um termo de compromisso sobre as metas a alcançar nos próximos três anos e sete meses. A primeira missão deles, já agora depois da posse, será atualizar as informações sobre as obras em andamento ou paralisadas, com devidas medições e os valores pagos pelos serviços já executados. “Vamos mexer menos com política e mais com ações: obras, equipamentos, programas e serviços”, recomendou.
Fogo amigo
Enquanto estabelece as diretrizes de governo, Wellington Dias negocia uma "trégua" com aliados insatisfeitos com a composição do secrtariado. Progressistas e outros reclamam mais espaços na administração. A mídia tem sido usada para "alfinetadas" e até ameaças.
Reação
O presidente do PT no Piauí, deputado Assis federal Carvalho, que já virou a página da indicação na Saúde, vai reunir o partido nesta quinta-feira (9), para discutir a acomodação dos suplentes que ainda não foram contemplados com a indicaçã de cargos no governo, como João de Deus e Paulo Martins. Ontem, assumiram o mandato de deputado Cícero Magalhães, Warton larcerda e Ziza Carvalho.
“Vamos fazer uma reunião da direção do PT. A executiva estadual tem cobrado algumas questões. Não é a saúde, mas outros pontos que dizem respeito aos suplentes. Há espaços efetivos e vamos nos reunir na quinta-feira e fazer essa análise com o partido. Eu só falo em nome do partido. Vamos ouvir os deputados e suplentes”, adiantou o presidente.
A vice-governadora Regina Sousa colocou mais lenha na fogueira ao lembrar que nenhum governo é eterno, referindo-se às alianças, que mudam como nuvem entre uma eleição e outra. Uma verdade. Mas, às vezes, a verdade não precisa ser dita, para não melindrar ainda mais que tem o couro fino.
