É fascinante como nosso corpo é uma máquina perfeita e completamente interligada, muitas vezes algo que achamos que não exerce qualquer influência sobre outro fator pode ser crucial para o seu desenvolvimento.
Um exemplo disso são os efeitos de fatores psicológicos no aparecimento de sintomas gastrointestinais, diversas pesquisas já embasam essa tese mostrando que, apesar dos distúrbios intestinais, os pacientes que possuem Síndrome do Intestino Irritável (SII) e Dispepsia Funcional possuem mais depressão e ansiedade que a população em geral.
Não é à toa que cada vez mais as pesquisas têm indicado a influência de doenças psiquiátricas, mudanças de humor e estresse psicossocial no desenvolvimento de problemas no trato gastrointestinal, a estreita relação de ambos com o sistema nervoso entérico pode explicar essa ligação.
A forma como a informação vai para o sistema nervoso entérico é uma maneira pela qual nosso humor pode influenciar o funcionamento gastrointestinal, seu nervosismo ou animação podem causar diferenças nos seus movimentos intestinais diversas doenças psiquiátricas estão associadas a certos problemas gastrointestinais.
O próprio intestino também utiliza a mesma rede que o cérebro para enviar informações, o sistema nervoso entérico, através dele são enviadas informações sobre saciedade e fome, se sentimos gases, se sentimos fome, se nos sentimos bem, ele está nos dizendo sobre o estado do nosso trato gastrointestinal.
O uso do sistema nervoso entérico tanto para o transporte de informações relacionadas ao intestino, quanto para o envio de informações relativas ao nosso estado emocional pode ser o fator que cruza os dois fatores e causa interferência entre eles.