O Governo do Piauí está discutindo com uma missão do Banco Mundial (BIRD) uma proposta de reestruturação da dívida pública do Estado. As conversas começaram nesta segunda-feira (11), numa reunião na Secretaria de Fazenda. O objetivo é reduzir os juros da dívida para proporcionar aos cofres do Estado uma economia superior a R$ 536 milhões, possibilitando mais investimentos em setores essenciais, como saúde, segurança, educação e infraestrutura.
A expectativa dos técnicos do Tesouro Estadual é que, até quarta-feira (13), seja alcançado um novo acordo de financiamento, visando a substituição de empréstimos nacionais de alto custo por um novo empréstimo com o Banco Mundial, em condições financeiras mais vantajosas.
De acordo com o secretário estadual de Fazenda, Emílio Júnior, o objetivo é reduzir os encargos financeiros e ampliar o prazo de pagamento, o que permitirá ao Estado invistir em áreas essenciais, como saúde e educação, com maior margem de sustentabilidade fiscal.
“Vamos solicitar a reestruturação da dívida pública, priorizando a sustentabilidade fiscal e o desenvolvimento econômico do Estado”, declarou Emílio Júnior, secretário da Fazenda. A operação pretende gerar uma economia superior a R$ 536 milhões, conforme o cálculo do Valor Presente Líquido (VPL), técnica financeira que avalia a viabilidade de investimentos futuros ao considerar a taxa mínima de retorno exigida.
Além do secretário Emílio Júnior, participam da negociação representantes das secretarias de Planejamento (SEPLAN) e Administração (SEAD), da Fundação Piauí Previdência (PiauíPrev), e da equipe do Tesouro Estadual. O BIRD é representado por uma comitiva que se reuniu na sede da SEFAZ, no Centro Administrativo.
Segundo Emílio Júnior, com a redução dos encargos, o Estado terá mais espaço para incentivar investimentos e garantir a prestação eficaz de serviços públicos à população piauiense.
Investimentos na Saúde de Teresina
O setor de saúde em Teresina enfrenta um momento crítico, com desafios significativos no atendimento hospitalar e na estrutura das unidades de saúde. A prefeitura e o governo estadual têm buscado soluções para ampliar o acesso e melhorar a qualidade dos serviços oferecidos.
"Com a reestruturação da dívida, espera-se que parte dos recursos economizados seja redirecionada para a modernização de hospitais, contratação de profissionais e compra de equipamentos, garantindo melhores condições de atendimento para a população", diz o secretário.
A parceria com o Banco Mundial, cuja missão é fortalecer a sustentabilidade fiscal dos Estados, pretende dar ao Piauí o suporte necessário para alcançar o desenvolvimento econômico sustentável. Esse novo perfil de endividamento permitirá que o Estado conduza investimentos estruturantes, especialmente em setores prioritários como a saúde.
Fonte: Ascom Sefaz