Foto: Montagem Piauihoje.com
Rompimento político entre Ciro e Dias parece inevitável
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) divulgou video em suas redes sociais nesta quinta-feira (6) negando que tenha dito ao governador Wellington Dias (PT) que iria deixar o governo pra liberar a oposição nas eleições de 2022.
Mas no mesmo vídeo cai em contradição ao dizer que agora está livre para criticar e apontar os erros e gastos excessivo do governo, sobretudo, com a contratação de pessoal.
Ou seja, o senador, presidente nacional do Progressistas, quer a demissão de trabalhadores que servem ao Governo do Estado, inclusive do órgão que seus parentes e afilhados políticos dirigem, com o Detran.
Há meses correm boatos dando conta de que Ciro Nogueira está trabalhando contra o governo e ao mesmo tempo querendo ser o candidato a governador da oposição.
Mas isso se torna impossível sem a saída dele e seu grupo do governo. Ser oposição estando no governo é desonesto, é conversa mole pra enganar o povo.
Para saber qual era realmente a intenção politica do senador, o governador Wellington Dias, acompanhado do senador Marcelo Castro (MDB) e do secretário de Governo, Osmar Junior (PCdoB), foi à casa de Ciro, em Brasília, na terça-feira (04).
Na reunião, segundo o governador, Ciro disse que irá organizar a oposição no estado, abandonando a base aliada que o ajudou a reeleger para o Senado, na campanha de 2018.
Se confirmar o rompimento anunciado, o senador perderá centenas de cargos em órgãos importantes do Estado, como os do Detran, por exemplo. Mas Ciro fez foi dizer que não rompeu com o governo.
Ou seja, quer liderar a oposição, mas quer ficar no governo até quando puder. E é isso que Wellington Dias não aceita. "Se quiser ser candidato, oposição, é um direito dele, eu entendo", diz o governador petista.
"Ciro teve a decisão de organizar a oposição e, da minha parte, digo que tenho respeito, é um legítimo direito dele como líder destacado tomar uma decisão como essa. Sou grato ao senador Ciro e ele sempre terá meu respeito, mas compreendo que na política, às vezes, cada um precisa seguir seu caminho", disse Wellington.
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