O piso salarial dos professores brasileiros nos anos finais do ensino fundamental é o mais baixo entre 40 países avaliados em um estudo da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta quinta-feira, 16. Os rendimentos dos docentes brasileiros no início da carreira são menores que os de professores em países como México, Colômbia e Chile. Fonte: Estadão conteúdo.
É uma vergonha o descaso governamental e político com os salários dos nossos professores. Entra governo e sai governo, mas a política salarial do magistério brasileiro continua sendo relegada a segundo ou terceiro plano. Enquanto isso, quanto ganha, por exemplo, o deputado federal Tiririca.
No entanto, os parlamentares professores também não fazem nada de positivo pela classe. Após eleitos, só querem fazer politicagem, mamar nas tetas da República, usufruir das benesses públicas e se esquecem, lamentavelmente, de lutar pela dignidade salarial do magistério.
Tais docentes, em exercício de mandatos, comportam-se no Parlamento iguais aos demais parlamentares e políticos. Não envidam nenhum esforço para a correção salarial dos professores.
Por isso, pela falta de seriedade dos governantes e políticos, que não dão o devido valor à educação, à remuneração digna daqueles que vão formar os futuros profissionais e políticos nacionais, é que o país se situa na rabeira da estatística no concerto das nações. Uma grande vergonha.
E mais vergonhoso é ainda testemunhar um contingente enorme de educadores em exercício de mandato político não fazendo bulhufas no Parlamento para resgatar a dignidade salarial do magistério, bem como para defender a importância da educação no desenvolvimento do país.
Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC