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Uso da segunda cota do volume morto é pré-tragédia afirma ANA

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Terça - 21/10/2014 às 15:10



Foto: reprodução Seca
Seca
O presidente da ANA (Agência Nacional de Águas), Vicente Abreu, se referiu ao uso da segunda cota do volume morto (água que fica no fundo das represas) do sistema Cantareira como a "pré-tragédia". Ele participou na manhã desta terça-feira (21) de um debate na Assembleia Legislativa de São Paulo sobre a crise da falta de água no Estado.

"[A Sabesp] quer retirar o segundo volume morto, que é a pré-tragédia. Mas não há alternativa para São Paulo que não seja chover ou tirar água do volume morto do Cantareira", afirmou.

Por isso, a ANA concordou na última sexta (17) com a proposta da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) de retirar uma segunda parte da reserva técnica do sistema, com 106 bilhões de litros de água. A companhia precisa ainda do aval do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica).

A primeira cota do volume morto começou a ser usada pela Sabesp em maio deste ano, quando o Cantareira estava em 8,2%. Com a reserva, o nível de água disponível aumentou para 26,7%. Hoje, o sistema, que abastece um terço da população da Grande São Paulo (6,5 milhões de pessoas), está em 3,3% de sua capacidade de armazenamento. Esse percentual é o que resta da primeira parte do volume morto.

Terceiro volume morto

Vicente Abreu afirmou que o Cantareira ainda tem uma terceira cota do volume morto, que pode ser captada, mas seria uma tragédia.

O presidente da ANA explicou que, em números redondos, o Cantareira tem um trilhão de litros de água. Abaixo do nível de captação, existe cerca de 500 bilhões. "Uma parte já foi tirada, de 182 bilhões, e agora o governo deseja tirar mais 106 bilhões de água. Em tese, vai sobrar 200 bilhões, uma terceira parte do volume morto", detalhou.

"Esse volume três pode ser tirado, mas é o ralo do reservatório, o lodo. Se a crise se acentuar, não haveria alternativa do que usar o lodo e aí sim haveria problema", disse.

Fonte: UOL

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