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Apesar de redução, 42% dos domicílios no PI apresentam insegurança alimentar

Esse indicador é o quinto maior do Brasil, 14,4 pontos percentuais acima da média nacional (27,6%)

Da Redação

Quinta - 25/04/2024 às 16:15



Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Alimentos frescos
Alimentos frescos

Cerca de 42% dos domicílios do Piauí apresentaram algum grau de insegurança alimentar em 2023, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (25). Esse indicador é o quinto maior do Brasil, 14,4 pontos percentuais acima da média nacional (27,6%), e 3,3 pontos percentuais acima da média da região Nordeste (38,7%).

Em 2023, cerca de 27,7% dos domicílios piauienses estavam com um grau leve de insegurança, 8,7% dos domicílios apresentaram grau moderado e 5,4% estavam com grau grave. 

Na pesquisa, o grau leve é quando aparece a preocupação com o acesso aos alimentos no futuro e já se verifica comprometimento da qualidade da alimentação no domicílio. No grau moderado, os moradores, sobretudo adultos, já convivem com a restrição quantitativa de alimentos. No grave, além dos adultos, as crianças, quando presentes, também passam por privação severa no consumo de alimentos, podendo chegar à sua expressão mais aguda, a fome.

Apesar dos números ainda assustadores, o Piauí apresentou redução na proporção total de domicílios em situação de “insegurança alimentar”, nos últimos 6 anos. Em 2017/2018, a insegurança alimentar afetava a vida da população em cerca de 46% dos domicílios do estado e em 2023 esse número reduziu para 42%. 

Os estados com os maiores indicadores de insegurança alimentar foram Sergipe, com 49,2%, e o Pará, com 47,7%. Os menores indicadores foram os de Santa Catarina, com 11,2%, e o do Paraná, com 17,9%. 

Os dados estão presentes no módulo de Segurança Alimentar, inserido na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2023, realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

A “segurança alimentar” reflete o pleno acesso dos moradores dos domicílios aos alimentos, tanto em quantidade suficiente como em qualidade adequada. Quando há acesso pleno aos alimentos, a pessoa entrevistada na pesquisa do IBGE sequer relata preocupação ou iminência de sofrer qualquer restrição alimentar no futuro próximo. Por sua vez, a “insegurança alimentar” reflete a insuficiência do acesso aos alimentos nos domicílios, seja em quantidade como em qualidade.

Fonte: IBGE

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