Foto: Montagem/Piauí Hoje
Profissão Repórter mostra condições dos presídios brasileiros
O programa Profissão Repórter, da Rede Globo de Televisão desta quarta-feira (7), vai retratar a situação dos presídios no Brasil. O que chamou a atenção para o tema foi o surto de escabiose (sarna) nas cadeias do Piauí, que afetou 150 detentos e até mesmo o diretor da unidade. A doença atingiu 39% da população carcerária.
O repórter Estevam Muniz visou a Penitenciaria Regional Luís Gonzaga Rebelo, em Esperantina, e a Colônia Agrícola Major César, em Teresina. Entre os demais problemas que acometem o sistema penitenciário piauiense, estão as péssimas condições sanitárias, como a presença de baratas na caixa d´água, esgoto dentro das celas e ratos nos corredores.
Em abril deste ano, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) denunciou que a sarna estava se espalhando pelas celas dos presídios, pondo em risco também a saúde dos funcionários, já que a contaminação se dá pelo contato direto com pessoas atingidas. Ainda conforme o Sindicato, a situação acontece devido a superlotação nas unidades prisionais, além das péssimas condições de higiene no local. O Profissão Repórter vai ao ar depois do futebol.
Estado inicia tratamento de presos contaminados
Após a gravação do programa, a Secretaria de Justiça e a Secretaria de Saúde do Estado informaram que estão realizando o tratamento de detentos no sistema prisional do Piauí que apresentaram sintomas da sarna.
Segundo a Secretaria de Justiça, três mil medicamentos foram adquiridos e distribuídos para os presídios que registraram ocorrência da doença, sendo 1.000 frascos de benzoato e 2.000 comprimidos de ivermectina. Mais 1.000 frascos de benzoato já foram solicitados para dar continuidade ao tratamento e prevenção.
De acordo com a Coordenação de Saúde Prisional da Secretaria de Justiça, as penitenciárias que registraram casos de escabiose foram a Irmão Guido, Casa de Custódia, Esperantina, Casas de Detenção de Altos e São Raimundo Nonato e Colônia Agrícola Major César. Ao todo, esses presídios solicitaram 1.600 unidades de medicamentos.
De acordo com a diretora de Humanização e Reintegração Social da Secretaria de Justiça, Ágatha Knitter, os casos de sarna têm diminuído com o fim do período chuvoso, que facilita o tratamento e prevenção.
“Os presídios também estão sendo higienizados, como parte do tratamento, e para prevenir a ocorrência de novos casos. Além disso, estamos avançando na implementação da Política de Saúde Prisional no sistema penitenciário”, explica Knitter.
Fonte: Redação
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