Sem acordo, peritos do INSS voltam ao trabalho no Piauí

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Categoria diz que decisão foi forçada pela atribuição de faltas injustificadas. Gerência do INSS estima que 32 mil perícias deixaram de ser realizadas

Categoria diz que decisão foi forçada pela atribuição de faltas injustificadas. Gerência do INSS estima que 32 mil perícias deixaram de ser realizadas Foto: Divulgação

Categoria diz que decisão foi forçada pela atribuição de faltas injustificadas. Gerência do INSS estima que 32 mil perícias deixaram de ser realizadas.

Após quatro meses e meio, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram encerrar a greve durante assembleia no fim de semana e voltar ao trabalho na próxima segunda-feira (25). No Piauí, a categoria deixou de realizar cerca de 32 mil perícias ao longo do período grevista, segundo estimativa da gerência executiva do órgão.

Apesar da decisão, os peritos afirmam que nenhum acordo foi feito com o Ministério do Planejamento e que as negociações não avançaram. A categoria sustenta que o retorno foi forçado, já que o órgão estava atribuindo faltas injustificadas aos médicos e descontando salários.

"A categoria retornou parcialmente, não é o fim. Ocorre que o INSS estava colocando faltas injustificadas e descontando os salários dos médicos, o que poderia prejudicar a categoria. Então para evitar danos, decidiu-se pela suspensão, mas será um retorno em estado de greve", informou José Ribamar Barbosa, presidente do Sindicato dos Peritos do Piauí.

Os médicos peritos cobram a reestruturação da carreira, a adequação das condições de trabalho e a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas. Segundo ele, mesmo com o retorno a luta da categoria pelo acolhimento das reivindicações irá permanecer ativa junto ao Ministério do Planejamento.

O gerente executivo do INSS no Piauí, Carlos Augusto Viana, disse que quatro mil perícias vinham sendo deixadas de ser feitas por mês em virtude da greve dos peritos. Ele confirmou que a colocação das faltas e os descontos estavam ocorrendo por decisão da direção nacional do órgão, após uma ação judicial movida pelo Sindicato dos Peritos proibir o governo de colocar o código de greve no ano passado.

Carlos Augusto afirmou ainda que com o retorno dos peritos na segunda-feira serão priorizadas as pessoas com requisição de benefício pela primeira vez e beneficiários que querem voltar ao trabalho, mas precisam do aval do médico para dar baixa no auxílio doença.

Fonte: Jornal Luzilândia

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