O réu Ogival Francisco da Silva foi julgado e condenado a 14 anos de prisão pelo assassinado do aposentado Raimundo Antônio dos Santos, de 68 anos, fato ocorrido no dia 7 de outubro de 2011, no povoado Riacho do Padre, zona rural do município de Padre Marcos.

Submetido na terça-feira (27) ao julgamento do egrégio Tribunal Popular do Júri, o réu foi condenado a prisão. Por maioria, os jurados admitiram a culpabilidade do réu e rechaçaram as teses explanadas pelos advogados de defesa, de que o disparo que causou a morte da vítima teria sido acidental e que o mesmo teria agido sob violenta emoção e em defesa de sua irmã.

O corpo de jurados acatou a tese explanada pelo representante do Ministério Público, o promotor João Malato Neto, de que o réu praticou homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e de recurso que impossibilitou a vítima de esboçar defesa.

O julgamento se estendeu por mais nove horas e foi marcado por longos debates entre o Ministério Público e a defesa. Ambos argumentaram e defenderam suas teses por uma hora e meia, fazendo ainda o uso da réplica e tréplica por mais uma hora cada.

Por volta das 15h, a presidente do Tribunal Popular do Júri, a juíza Maria do Socorro Rocha Cipriano, suspendeu a Sessão por uma hora para o almoço. Somente às 19h foi dada a sentença condenatória do réu. Ogival foi condenado a pena base de 12 anos. À pena foram acrescidos mais 2 anos para uma das agravantes do crime, totalizando a pena em 14 anos.

O réu já respondia ao processo em liberdade. Na sentença, a Justiça assegurou o direito de Ogival recorrer da decisão em liberdade. O advogado de defesa, Dr. Marcelo Borges, informou que vai pedir a anulação do julgamento, argumentando que a incomunicabilidade entre os jurados foi quebrada. “Há filmagens dos jurados conversando entre si. Temos provas concretas de que a incomunicabilidade também foi quebrada. Há filmagens de jurados no plenário falando ao telefone de celular com alguém de fora”, disse. Ainda segundo a votação, o sigilo da votação teria sido quebrado.