Relator da CPI nega pedido para ouvir petistas

O relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), apresenta nesta quinta-feira seu plano


Deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ)

Deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ) Foto: André Coelho/O Globo

O relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), apresenta nesta quinta-feira seu plano de trabalho que prevê a aceitação de requerimentos para ouvir nove pessoas citadas como integrantes do esquema de propina na estatal.

Luiz Sérgio não irá, neste primeiro momento, aceitar os pedidos protocolados pela oposição para que petistas como os ex-ministros da Casa Civil José Dirceu e da Fazenda Antônio Palocci, além do tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff, Edinho Silva, prestem esclarecimentos.

Ao justificar sua decisão, o relator afirmou que é preciso separar o que é importante para a investigação do que pode servir só para criar espetáculo.

— Esses requerimentos não entram porque a CPI vai ter que definir se quer investir numa linha investigativa para obter informações ou se quer apenas fazer espetáculo — disse Luiz Sérgio.

Ele disse que não quer fazer da CPI uma disputa político-partidária. E que a oposição foi atendida em suas demandas:

— Concordei com vários requerimentos da oposição, o que demonstra que, quando a gente quer focar nas investigações, fica claro que há mais convergências do que divergências.

O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), resolveu criar quatro subcomissões para apurar superfaturamento na construção de refinarias, constituição de Sociedades de Propósitos Específicos, afretamento de navios e irregularidade na operação da Sete Brasil, além da venda de ativos da Petrobras na África.

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A decisão enfraquece o trabalho do relator. Luiz Sérgio, porém, disse que está negociando para que o resultado dessas subcomissões seja atrelado ao seu, para que ele tenha a palavra final no relatório. Motta negou que queira esvaziar o trabalho do relator.

— Estou querendo dar agilidade à CPI — declarou.

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA), que integra a CPI da Petrobras, quer que a Procuradoria Geral da República (PGR) compartilhe com a comissão as informações de que dispõe, incluindo as delações premiadas citando políticos. Eliziane afirmou que é importante que a comissão tome conhecimento sobre o que há contra cada um, para que possa definir como atuará daqui em diante.


Fonte: O Globo

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