Um adolescente foi apreendido depois depois de confessar ter matado o padrasto, depois ter visto Claudio Silva Torres matar a própria mãe a facadas, dentro de casa na localidade Extrema, zona Rural de Canto do Buriti. R.R.A. de 17 anos, chegou a negar o crime, mas acabou confessando que agiu sem pensar, ao ver a mãe, Jurandir Rodrigues, ser brutalmente assassinada, na tarde de quarta-feira (04/12).

Segundo o delegado Eduardo Aquino, titular da delegacia de Canto do Buriti, o próprio adolescente chegou na delegacia ao lado da avó, comunicando o duplo homicídio. "Ele chegou nos avisando que tinha achado os corpos na sala de casa, e fomos lá averiguar", afirmou.

Ao chegar no local, a polícia encontrou os corpos de Jurandir Rodrigues, de 37 anos, e Cláudio da Silva Torres, de 33 anos, caídos no chão da sala, e envoltos de uma enorme poça de sangue.

"No começo ele disse que tinha saído de casa para pegar uma encomenda a pedido do padrasto, e que ao chegar em casa viu os corpos caído. Mas ao longo do interrogatório, começamos a perceber que o rapaz caia em contradição com várias de suas afirmações, e então insistimos nas perguntas", afirma o delegado Eduardo.

O rapaz começou a mudar e admitir o crime, quando os policiais pediram que ele tirasse a camisa. Uma mancha de sangue foi percebida na roupa, e na altura do peito, nos ombos e braços, a polícia percebeu marcas de arranhaduras, que supostamente podem ter sido provocadas em uma luta corporal.

"Neste momento ele mudou a versão, e relatou, que estava em casa, quando o padrasto chegou acompanhado de um primo. Cláudio foi ouvir músicas no quarto, e o primo, foi para um quarto nos fundos da residência. Quando a mãe, que havia dormido na casa dos patrões, chegou, iniciou-se uma briga. Ao sair do quarto para ver o que acontecia, o rapaz disse ter visto o momento em que o padrasto cravou a faca na jugular da mãe, causando morte imediata", relata o delegado.

R.R.A. se desesperou, perguntando ao padrasto "porque ele tinha feito" aquilo. Segundo o jovem, sem muito pensar, aproveitou que Cláudio soltou a faca e o atingiu com o golpe fatal na garganta. O padrasto ainda chegou a empurrá-lo, e o fez cair no chão, provocando-lhe uma escoriação na cabeça. "Ele disse que ficou desesperado no momento em que viu a mãe morta, tentou ver se ela ainda estava viva, mas já não tinha muito o que fazer. O rapaz mesmo conta que depois do crime, saiu lavou as mãos, passou na casa do vizinho, pediu uma bicicleta, e sai, como forma de garantir um álibi", explica Eduardo Aquino.

O adolescente foi apreendido e já foi apresentado à justiça, mesmo assim o delegado afirma que as investigações devem continuar. "Mesmo com a confissão, precisamos ter certeza se ele cometeu apenas esse crime. Precisamo ainda verificar se este primo, que dormia nos quartos dos fundos, de fato nada teve a ver com o crime. Enquanto isso, o menor segue sob custódia", finaliza.