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Promotor diz que Macarrão foi protagonista na morte de Eliza

Bruno Eliza Macarrão

Sexta - 23/11/2012 às 17:11



Foto: Alex Araújo/G1 MG O goleiro Bruno algemado deixa o Fórum de Esmeraldas, na Grande BH; atrás, o amigo Macarrão
O goleiro Bruno algemado deixa o Fórum de Esmeraldas, na Grande BH; atrás, o amigo Macarrão
Em sustentação que durou cerca de duas horas e dez minutos, o promotor Henry Castro afirmou que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, foi “protagonista” dos crimes cometidos contra Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Souza.
 
“Eliza não teria sido sequestrada e morta se não fosse o poder nos bastidores exercido por esse facínora. Por que Bruno não iria botar a mão na massa por estar cercado de evidências em razão de sua condição”, disse o promotor.

A sustentação do promotor baseou-se no depoimento de Jorge Rosa, primo de Bruno, menor à época dos fatos, que relatou à polícia e à Justiça como se deu o sequestro e morte de Eliza Samudio. Castro também utilizou os registros telefônicos dos acusados, que apontam contradições no interrogatório de Macarrão e de Fernanda Castro, ex amante de Bruno.

Durante sua fala, o promotor fez duras críticas aos advogados de defesa, que, segundo ele, pressionaram envolvidos no caso, como o primo de Bruno, Sérgio Rosa Salles, a mentir e mudar a versão que tinham dado sobre a morte de Eliza.

Ao apontar Macarrão como protagonista, o promotor pediu aos jurados a condenação dele pelos quatro crimes a que é acusado sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

O acusador usou registros de telefonemas entre Macarrão e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em 10 de junho de 2010, dia em que o ex-braço direito de Bruno confirmou ter levado Eliza até a Toca da Raposa (CT do Cruzeiro), a mando do goleiro, mesmo a contragosto, segundo ele.

Castro disse que a confissão de Macarrão, que confirmou, em seu interrogatório, ter levado Eliza para ser morta, e apontou Bruno como o mandante, é “relevante”, mas não era necessária para o Ministério Público para pedir a condenação do réu.

“Nós não precisávamos da confissão de Macarrão. Todavia essa confissão é relevante, apesar de parcial. Temos a revelação, por parte dele, de alguém no processo que, de fato, esse mando partiu de Bruno”, disse.

A informação contraria o interrogatório de Macarrão, que disse que não sabia e nem procurou quem esperava Eliza no local. O acusado sustentou também que não conhecia Bola pessoalmente e que conversava com ele esporadicamente por telefone, porque o filho de Bola queria ser jogador de futebol.

Segundo Castro, Macarrão e Bola encontram-se às 20h52 na Pampulha. De lá, foram para a casa de Bola em Vespasiana, onde Eliza foi morta. “Chegaram lá para serem mortas Eliza e a criança. O Bola tem uma ética marginal, mas ele, todavia, era da Polícia Civil, então os parâmetros éticos dele não coincidem exatamente com o dos outros marginais. Portanto, ele disse: ‘a crianças eu não mato’

Fonte: UOL

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