Política

INDICIAMENTO

Polícia Federal discute por quais crimes Bolsonaro deve ser indiciado

Indiciamento abriria caminho para Jair ser denunciado pelo PGR, Paulo Gonet. Se acusação for aceita pelo STF, ele terá de responder a processo criminal que pode levá-lo à prisão.

Da Redação

Quarta - 06/03/2024 às 12:08



Foto: (Foto: REUTERS/Adriano Machado) Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro

O ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, e o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, envolveram o ex-presidente Jair Bolsonaro em conversas de teor golpista em depoimento para a Polícia Federal (PF). Os investigadores do caso começaram a discutir quais crimes o ex-chefe do Poder Executivo deveria ser indiciado ao final das apurações. As informações são foram reveladas à Reuters por duas fontes da PF com conhecimento das tratativas.

Até junho deste ano, o ex-presidente deve ser indiciado pela PF em três inquéritos diferentes: por fraudes em cartão de vacinas, joias recebidas pelo governo Saudita e tentativa de golpe de Estado, com penas de prisão somadas que podem superar os 55 anos, segundo as fontes.

O indiciamento abriria para Bolsonaro caminho para ser denunciado pelo Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet. Se a acusação for aceita pelo  Tribunal da Justiça Federal (STF), Bolsonaro terá que responder a processo criminal que pode levá-lo à prisão, em caso de condenação.

Não há, segundo as quatro fontes – duas fontes da PF, uma da Procuradoria-Geral da República e uma do Supremo –, um cenário para se prender Bolsonaro durante as apurações, exceto se, por exemplo, ele tentar obstruir as investigações, o que justificaria legalmente uma medida extrema.

Procurada, a defesa de Bolsonaro não respondeu de imediato a pedido de comentário. O ex-presidente e seus advogados já negaram, em entrevistas, envolvimento em todos os casos.

Um dos advogados de Bolsonaro, o ex-ministro Fabio Wajngarten, disse nesta terça-feira (5) estar “convicto” de que não há nada concreto contra o ex-presidente “nos tais depoimentos, que ainda não tivemos acesso”. “Na narrativa, no constrangimento, nos vazamentos não implacarão um capítulo na história do Brasil”, afirmou o advogado em uma publicação na plataforma X (antigo Twitter).

Fonte: Brasil 247

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