Polícia

PICOS

MP-PI quer anular contrato entre empresa investigada pela Polícia Federal e prefeitura

Promotores também pediram bloqueio de R$ 75 mil da ProdLab para ressarcimento dos cofres públicos

Valciãn Calixto

Quarta - 15/07/2020 às 15:42



Foto: Print do vídeo PF realiza prisão no laboratório e distribuidora de medicamentos Produlab
PF realiza prisão no laboratório e distribuidora de medicamentos Produlab

Quatro promotores de Justiça do Ministério Público do Piauí (MP-PI) ingressaram com ação civil pública pedindo a suspensão de contrato entre o laboratório de medicamentos ProdLab, do empresário Ronaldo A da Silva, e a prefeitura municipal de Picos. 

O contrato envolve compra de medicamentos utilizados no tratamento de pacientes contaminados com o novo coronavírus. 25 prefeituras do Piauí estão sendo investigadas por superfaturamento de até 40% na aquisição dos remédios, incluindo a de Picos. A ação foi apresentada na última quarta-feira (08) pelos promotores de Justiça Micheline Serejo, Eduardo Palácio, Maurício Verdejo e Raimundo Júnior.

Entre os pedidos feitos pelos membros do MP-PI estão a tutela antecipada de suspensão de contrato e no mérito a sua nulidade, assim como o bloqueio de bens no montante de 75 mil reais da ProdLab para ressarcimento dos cofres públicos.

Os promotores de Justiça instauraram uma notícia de fato para apurar irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) na dispensa de licitação realizada pelo município de Picos, através da Secretaria Municipal de Saúde, para a aquisição de testes de detecção do novo coronavírus.

Durante a análise do procedimento licitatório, os técnicos da corte de Contas visualizaram a utilização de orçamentos fraudados para escolher a proposta mais vantajosa na aquisição direta de testes rápidos de detecção de anticorpos contra o novo coronavírus. Tal prática, de acordo com relatório, possibilitou o direcionamento da contratação da empresa que não praticou o melhor preço possível, gerando dano à administração pública municipal.

A exemplo das irregularidades citadas pelos promotores de Justiça, uma das propostas apresentadas à comissão de licitação foi assinada por funcionário da própria ProdLab (Ronaldo A. Da Silva ME), constando timbre de empresa distinta que sequer comercializava o produto licitado.

Além disso, os auditores apontaram que o município adquiriu testes por valor muito acima do praticado no mercado, gerando um possível superfaturamento no montante de R$ 75 mil.

Notícias relacionadas

Polícia Federal investiga superfaturamento de testes de Covid-19 por prefeitos do Piauí

Polícia Federal retoma nesta sexta-feira (03) investigações em 25 prefeituras do Piauí

Fonte: Com informações do MP-PI

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: