Foto: Caio Bruno/Alepi

"Eu quero morar em um estado desenvolvido. Isso é o que todos os piauienses querem e nós vamos trabalhar para isso”, enfatizou o governador Wellington Dias no lançamento do Projeto “Piauí 2022: ODS e IDH+”, na segunda-feira (22), no Cineteatro da Assembleia Legislativa do Piauí.

Considerado um projeto ousado, o Governo do Estado do Piauí vai fazer o monitoramento anual de indicadores que têm impactado no cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por meio da Fundação Cepro, para que os programas sociais, econômicos e ambientais em desenvolvimento nos municípios piauienses sejam estrategicamente executados sobre a compreensão da geração de impactos positivos e de melhoria da qualidade de vida da população no sentido de protagonizar o futuro que deseja.

Na oportunidade, o governador Wellington Dias enfatizou que o estudo é uma forma de acertar o caminho que o Piauí quer chegar de forma profissional. “Quem trabalha com improvisação tem o risco de errar. Esse é um trabalho integrado entre praticamente todos as secretarias do Estado, prefeituras, setor privado e a sociedade. Sempre faço a analogia com uma dona de casa que esta fazendo o bolo. Para ele sair gostoso, ela precisa saber a dosagem certa de cada ingrediente. E é isso que vamos fazer: descobrir qual a dosagem certa de cada ingrediente para chegar no patamar que queremos. Precisamos ampliar a expectativa de vida, ampliar não só a escolaridade, mas a qualidade do ensino. Queremos renda mais elevadas e tudo isso buscando a menor desigualdade social e sempre cuidando das pessoas” enfatiza o chefe do executivo estadual.

De acordo com o coordenador do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Marco Aurélio, a utilização destes dados mostra o interesse do Governo do Estado em acertar mais e verificar a efetividade das políticas públicas por ele executadas. “É uma satisfação saber que estamos inspirando um gestor público a atingir suas metas e montar as estratégias para o Estado. A Fundação Cepro vai ter esse papel de fazer esse monitoramento anual baseado em dados administrativos como os registros da saúde e educação municipais, já que o Censo e o IDH só são divulgados a cada 10 anos. É um iniciativa interessante. Obviamente os índices não dizem tudo, mas é uma certeza que o governo está exercendo seu papel de monitorar as políticas públicas”, revela Marco Aurélio.

De acordo com o presidente da Cepro, Antônio José Medeiros, o IDH desejado por todos os países é 0,800, mas o Piauí atingiu o índice de 0,646 na mais recente pesquisa. “A Cepro fará um mapeamento de todos os indicadores ligados ao IDH em todas as cidades piauienses, tudo isso para identificar quais os principais pontos que cada município precisa melhorar. A próxima medição do IDH será divulgada em 2020. Trabalharemos para que o estado atinja o índice desejado”, reforçou Medeiros.

O estudo tem a assessoria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil - que, além do IDH, propôs o monitoramento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2016-2030 (ODS) - e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que, juntamente com a Fundação João Pinheiro-MG, são os representantes brasileiros no cálculo do IDH-M.

A solenidade de lançamento do Projeto contou com a presença do coordenador do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Marco Aurélio Rocha, e da coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Andrea Bolzoni, representantes da Associação Piauienses de Municipios e de diversos órgãos da administração estadual.