Piauí pode viver tragédia a qualquer momento no sistema prisional, diz presidente do Sinpoljuspi

José Roberto rebate as afirmações do secretário de justiça e diz que existe influência de facções no Piauí


Superlotação, número reduzido de agentes são alguns das deficiências do sistema prisional no Piauí

Superlotação, número reduzido de agentes são alguns das deficiências do sistema prisional no Piauí Foto: Portal O Dia

O brasileiro vem assistindo nas últimas semanas à uma série de rebeliões nos presídios federais, chacinas de presos, decapitações e disputas entre facções criminosas que mostram o caos em que se encontra o sistema prisional no país. O sindicato dos policiais penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) alerta que existe sim, influência de facções criminosas nacionais no Piauí, e que a qualquer hora pode haver uma rebelião de grandes proporções tendo em vista as inúmeras deficiências, fugas e rebeliões que acontecem com frequência no sistema prisional piauiense.

Segundo José Roberto, presidente do Sinpoljuspi, o crime organizado está espalhado em todo território nacional. Ele ainda rebate as afirmações do secretário de justiça do Estado, Daniel Oliveira, que afirmou em entrevista que no Piauí não havia esses tipos de organizações criminosas.

“ O secretário de justiça, com essas afirmações, está prestando um desserviço à sociedade piauiense, ao contribuinte, ao povo desse estado, por que nós sabemos que não se pode andar nas ruas das nossas cidades de forma tranquila, hoje a sociedade vive enclausurada por que o crime organizado tomou conta da nossa sociedade, isso é fato e toda sociedade sabe disso”, afirma José Roberto.

Em relação ao sistema prisional do Piauí, o presidente do Sinpoljuspi diz que a qualquer hora pode ocorrer uma tragédia, pois os presídios piauienses não tem o número necessário de agentes penitenciários para cuidar da grande massa carcerária, existe superlotação, precariedade na estrutura dos presídios, ausência de sistema de fiscalização eletrônica como câmeras, sensores de presença e cerca elétrica e além disso acontecem inúmeras fugas, rebeliões e mortes.

“Ano passado tivemos 4 rebeliões e 16 mortes nos presídios piauienses. Este ano, já iniciamos com duas mortes, então não adianta esconder para a sociedade a realidade do sistema prisional brasileiro. O momento é de encarar, enfrentar e não esconder o problema para debaixo do tapete. Nós estamos dizendo isso, é para que haja a prevenção, para que não aconteça aqui o que aconteceu nos outros estados”, finaliza José Roberto, presidente do Sinpoljuspi,.

Fonte: Samuel Brandão

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