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Mulher é condenada a 41 anos de prisão por matar neta recém-nascida no Piauí

O crime ocorreu em 2013, em Padre Marcos

Quarta - 24/01/2018 às 18:01



Foto: Cidades na Net Maria Valdeni da Silva Alencar
Maria Valdeni da Silva Alencar

Maria Valdeni da Silva Alencar, acusada de matar e enterrar a própria neta recém-nascido na cidade de Padre Marcos, a 392 km de Teresina, foi condenada a 41 anos de 2 meses de prisão pelo Júri Popular após quatro anos do crime. A sessão foi presidida pelo juiz Dr. Marcos Augusto Cavalcanti Dias.

O crime ocorreu no dia 16 de novembro de 2013. A vítima tinha apenas um dia de nascida e foi morta por asfixia e enterrada pela acusada no quintal da própria casa. Maria Valdeni foi presa cinco dias após o crime e o cadáver encontrado.

O Ministério Público, representado pelo promotor de justiça Dr. Antônio César Gonçalves Barbosa, requereu a condenação da acusada pela prática de dois crimes, de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e com emprego de asfixia, e de ocultação de cadáver. Do outro lado, o advogado Davi Benevides defendeu a absolvição da ré e, subsidiariamente, pela desclassificação do crime doloso contra a vida para crime de infanticídio.

O juiz negou a Maria Valdeni da Silva Alencar o direito de recorrer da sentença em liberdade e determinou a expedição imediata do mandado de prisão e da guia de recolhimento provisória. Ela saiu do julgamento conduzida pela Polícia Militar, foi levada ao Grupamento local, de onde será transferida para a Penitenciária Feminina de Picos.

O crime

Maria Valdeni quis ocultar a gravidez da filha Evilândia da Silva Alencar, na época do crime, com 14 anos de idade, como também, o nascimento da criança. O parto aconteceu no dia 15 de novembro de 2013, no Hospital Regional Justino Luz, em Picos. No dia 16, Maria Valdeni, Evilândia e a criança recém-nascida retornaram a Padre Marcos. As duas viagens foram feitas em um carro particular, fretado.

Na cidade a população suspeitava da gravidez da adolescente. Ao tomar conhecimento, a polícia passou a investigar o caso. Maria Valdeni e Evilândia revelaram a gestação. Valdeni, no entanto, informou que a criança havia nascido prematura, que não resistiu e faleceu. A polícia apurou que junto ao Hospital onde ocorreu o parto, que o bebê nasceu após 34 semanas de gestação, de parto normal, pesando 3,1 kg e saudável. A Declaração de Nascido Vivo (DN), documento de identidade provisória expedido pelo Hospital, atestou que a criança deixou o centrou de saúde, no sábado (16), com vida.

A policia encontrou o corpo do bebê enterrado no quintal da casa. Exames realizados pelo Instituto Médico Legal revelaram que a criança foi morta por asfixia.

Diante dos indícios, Maria Valdeni foi presa, autuada flagrante e denunciada pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Tempo depois foi solta pela justiça e permaneceu em liberdade até o julgamento.

Fonte: Com informações de Cidades na Net

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