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MP desmantela esquema de fraudes: 4 advogados são presos no Piauí

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Quinta - 26/03/2015 às 11:03



Foto: Reprodução Fraude
Fraude
 
Quatro advogados foram presos acusados de fraudar empréstimos consignados usando nome de idosos nas cidades de Corrente, Curimatá, Cristalândia, Gibués, Monte Alegre, Parnaguá, Sebastião Barros, Redenção do Gurgueia e Riacho Firo, localizadas no extremo sul do Piauí.
As prisões ocorreram nesta quinta-feira (26) na cidade de Corrente (a 843 km de Teresina), onde o grupo tinha escritório e atuaria há mais de cinco anos. Estima-se que o grupo teria obtido R$ 1 milhão com a fraude somente em 2014. O número de vítimas ainda não foi divulgado.
O grupo contaria com ajuda de funcionário público do Poder Judiciário, um advogado que atuava como conciliador nas audiências de instrução. Há suspeita ainda de envolvimento de uma operadora financeira.
Segundo o MPE (Ministério Público Estadual), o grupo cancelava empréstimos de aposentados, na maioria analfabetos, ingressando com ações questionando juros abusivos no Juizado Especial Cível da Comarca de Corrente. Depois, as vítimas tinham os nomes usados em novas transações financeiras. Um dos idosos teve o contracheque zerado devido aos descontos relativos a empréstimos irregulares.
"O grupo tinha coiotes, que eram responsáveis por captar os idosos analfabetos, que eram levados para o escritório. Com os dados da vítima, um advogado anulava os empréstimos consignados por meio de ação judicial e faziam novos empréstimos nos nomes dos clientes", disse o delegado de Corrente, João Rodrigo Luna.
As prisões fazem parte da operação Serendipta, coordenada pelo MPE em conjunto com a Polícia Civil e com apoio da PM. Ao todo, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão, quatro conduções coercitivas e dez mandados de busca e apreensão. Os nomes dos advogados presos ainda não foram divulgados.
Eles são acusados de estelionato, associação criminosa, crimes contra a administração pública, fraude processual e tergiversação. A Justiça determinou o bloqueio de bens e contas, além da quebra de sigilo bancário e fiscal dos acusados.
A fraude foi descoberta durante a operação Captação, ocorrida em 5 de outubro do ano passado, que resultou na apreensão de mais de R$ 200 mil destinados à compra de votos. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) informou que investiga administrativamente alguns dos advogados causados de envolvimento no esquema fraudulento.
 

Fonte: Com informações do MP-PI

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