Critério e zelo eram duas características de Cidrack Ratts, um homem que de várias formas sempre testemunhou o rigor (ou a falta) da Lei. Foi assim desde os anos 60, quando começou escrevendo para o programa "Nos Bastidores Policiais", líder de audiência na antiga Rádio Uirapuru. Era assim como árbitro de futebol de salão. Cidrack foi vítima de AVC no último domingo (19). Seu corpo foi  velado na manhã de ontem na Funerária Ethernus, seguindo para o sepultamento no Cemitério São João Batista, no Centro.

Na Redação do Diário do Nordeste, continuou mantendo o destaque do seu jornalismo policial. Era, também, o autor do mais famoso e aguardado discurso toda vez que um colega fazia aniversário. A sua eloquência era a mesma de quando fazia as leituras na vara de crimes do Fórum Clóvis Beviláqua.

Foi o repórter policial com maior tempo de atuação no Ceará. Mas, em casa, é lembrado seu amor pela família. Por seu filho único, Cidrack Cysne, 28, e pela esposa Marta Maria. Tanto amor que no dia 15 de fevereiro de 2014 casaria-se novamente com a mulher com quem estava havia 30 anos. "Iríamos, trocar as alianças, renovar os nossos votos de amor", afirma dona Marta.