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Lucro do Itaú Unibanco sobe 28,9% em 2014

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Terça - 03/02/2015 às 15:02



Maior banco privado do país, o Itaú Unibanco registrou lucro líquido contábil de R$ 20,24 bilhões, resultado 28,9% maior que o ganho de 2013, que foi de R$ 15,696 bilhões. Descontando-se efeitos não recorrentes (baixas ou ganhos contábeis que não ocorrerão nos próximos trimestres, o lucro do banco chegou a R$ 20,62 bilhões.

Mesmo tendo registrado um crescimento abaixo do esperado na evolução de sua carteira de crédito, o Itaú Unibanco aumentou sua rentabilidade em 2014. A instituição encerrou o ano com um total de R$ 525,5 bilhões em operações de crédito contratadas, valor 8,7% maior que os R$ 483,4 bilhões do fim de dezembro de 2013.

Mesmo incluindo a carteira de títulos privados de renda ?xa, o avanço foi de 9,8%, abaixo da própria estimativa do banco, de 10% a 13%. A rentabilidade (ROE, retorno sobre o patrimônio líquido) anualizada das operações, contudo, avançou de 20,7% para 23,5%.

Na semana passada, o Bradesco anunciou lucro líquido 25,8% maior em 2014: R$ 15,089 bilhões. Levando em conta apenas os últimos três meses de 2014, a instituição lucrou R$ 3,993 bilhões, avanço de 29,7% sobre o mesmo período de 2013 e de 3% na comparação com o terceiro trimestre.

No quarto trimestre, o banco superou previsões de lucro, reflexo de nova queda da inadimplência, maiores margens com crédito e aumento das receitas com serviços.

O Itaú Unibanco anunciou nesta terça-feira que seu lucro líquido somou R$ 5,52 bilhões no período, alta de 18,8% ante mesma etapa de 2013.

Em bases recorrentes, o lucro foi de R$ 5,66 bilhões, alta de 20,9% no comparativo anual. A previsão média de analistas ouvidos pela Reuters era de lucro recorrente de R$ 5,367 bilhões.

Parte desse resultado deveu-se a maiores ganhos com crédito. A margem líquida com clientes, ajustada ao risco e após despesas com provisões atingiu 7,3%, 0,3 ponto percentual acima do trimestre anterior.

Ou seja, o banco conseguiu elevar taxas dos empréstimos e teve menos gastos com riscos.

No crédito, os destaques de alta anual foram o consignado (79,5%) e o imobiliário (19,4%). Em contrapartida, a carteira de veículos caiu 28,3%, também no ano a ano.

Outro ponto positivo do balanço foi a décima queda seguida da inadimplência, atingindo o menor nível histórico desde a fusão entre Itaú e Unibanco em novembro de 2008. O índice, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, foi de 3,1% no quarto trimestre, ante 3,2% no trimestre anterior e 3,7% um ano antes.

Com isso, as despesas da instituição com provisões para perdas esperadas com calotes somaram R$ 4,614 bilhões no trimestre, queda de 2,7% na base sequencial. Na comparação anual, por outro lado, a cifra avançou 10,1%.

Além disso, o Itaú viu suas receitas com serviços e tarifas darem um salto de 13,1% no ano a ano, para R$ 6,825 bilhões no trimestre, impulsionadas pela aquisição da Credicard.

PERSPECTIVAS PARA 2015

Por fim, o banco conseguiu fechar 2014 com avanço de 10,1% das despesas administrativas, chamadas de não decorrentes de juros, abaixo da faixa prevista para o ano, de 10,5% a 12,5%. No quarto trimestre, somente, a linha mostrou avanço de 8,1% sobre um ano antes.

Entre outubro e dezembro, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido do Itaú foi de 24,7%, no mesmo nível do trimestre anterior e acima dos 23,9% de um ano antes.

O Itaú Unibanco previu alta de 6% a 9% de sua carteira de financiamentos em 2015. Na semana passada, ao abrir a temporada de balanços do setor, o Bradesco projetou alta de 5% a 9% de sua carteira neste ano.

O Itaú também previu que suas despesas neste ano com provisões para calotes esperados devem ficar entre R$ 13 bilhões e R$ 15 bilhões, a mesma faixa prevista para 2014.

Fonte: O Globo

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