"Esta quinta-feira é um dia decisivo para a greve dos policiais civis". A afirmação é do presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí, Sinpolpi. Cristiano Ribeiro. Ele afirma que hoje a OAB tentará intermediar uma reunião entre a categoria e o governo do estado. "Agora após o carnaval esperamos uma solução para a greve e que a OAB consiga abrir um canal de negociação com o governo. Não aceitamos negociar como o secretário Robert Rios, pois ele até agora só fez jogar a sociedade contra os policiais", enfatiza Cristiano Rodrigues.Ele avaliou como positivo o movimento da categoria, que está em greve desde a zero hora do sábado. "A categoria aderiu ao movimento tanto em Teresina quanto no interior, alcançamos nosso objetivo", afirmou o sindicalista.Cristiano Rodrigues disse que a categoria não abre mão de negociar direto com o governo e que não houve tratamento igual para os componentes da classe, já que em novembro de 2009 houve a concessão de abono de R$ 1.800 para delegados. "E o restante da categoria não teve nada, a diferença salarial entre delegados e policiais é de 600%. Nossa pauta é extensa, mas esse ponto é crucial e não aceitamos esse tratamento desigual", disse.Procurado pelo Acessepiauí para comentar sobre a greve dos policiais civis, o secretário Robert Rios se limitou a dizer que "greve é algo entre empregado e patrão e eu não sou o patrão. Têm de procurar é o governo, a secretária Regina Souza".Indagado se a determinação do Tribunal de Justiça, que considerou a greve ilegal e determina o corte do ponto dos policiais grevistas e o desconto diário de R$ 100 no salário dos faltosos, além da aplicação diária de multa de R$ 30 mil ao sindicato, seria cumprida a partir desta quinta-feira, Rios foi enfático: "Tudo que a justiça mandar cumprir eu cumprirei. Não acatar a justiça é desrespeitar o estado de direito", finalizou.
Fonte: Acessepiaui
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