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Desbaratada no Piauí quadrilha de traficantes ligada a máfia colombian

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Sexta - 15/04/2011 às 10:04



 Integrantes da quadrilha de Juan Carlos Abadia estão atuando no Piauí e autoridades acham que isso explica o fato do Estado possuir cerco de traficantes mesmo sendo pobre e sem fluxo de turistas

Cinco pessoas presas acusadas de ter ligação com os narcotraficantes da Colômbia e ligadas ao traficante colombiano Juan Carlos Abadia, que foi preso no Brasil e extraditado para os Estados Unidos acusado de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, uso de documento falso e corrupção ativa, estão em prisões fechadas ou cumprindo penas de prisão em regime semiaberto no Piauí.
Os presos em estados como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo foram transferidos para penitenciárias no Piauí pela Justiça porque alguns têm familiares no Estado.

Ontem, a Justiça e o Ministério Público Estadual negaram relaxamento de prisão e direito a passar a Semana Santa no litoral a dois deles. Ao mesmo tempo, seus advogados entraram com ações nos Tribunais Superiores em Brasília para que seus processos de relaxamento de prisão e de benefícios e direitos como presos requeridos na Justiça do Piauí sejam mantidos em sigilo.

O cuidado dos advogados têm razão de ser. Algumas das pessoas presas em estabelecimentos prisionais piauienses conseguiram progressão de pena, apenas dormem na Casa de Albergados de Teresina ou na Penitenciária Feminina e trabalham em órgãos dos Poderes Legislativo e Executivo na capital piauiense.

Com a movimentação de alguns de pessoas ligadas a Juan Carlos Abadia, juízes e promotores de Justiça começam a ficar prejudicados com a situação porque como sempre foram defensores de ações a favor das famílias e da sociedade piauienses estão negando sistematicamente os pedidos dos traficantes e começam a ficar apreensivos em relação à teimosia para garantir o respeito à lei, mas sabem que estão resistindo à presença do tráfico de drogas internacional, muito dinheiro e uma rede de relacionamentos.

As evidências de presença do braço colombiano do comércio internacional de drogas no Piauí a motivaram a abertura de mais duas investigações na Polícia Federal e na Delegacia de Entorpecentes.
O delegado de Repressão a Entorpecentes, Samuel Silveira, viajou na semana passada para as regiões de Picos, Luis Correia e outras cidades preparando uma operação de grande impacto para prender traficantes, com o aval do governador Wilson Martins (PSB), que está na frente da Câmara de Enfrentamento do Crack e Outras Drogas.

A presença no Piauí de pessoas acusadas de lavagem de dinheiro começa a responder a dúvida de juízes, promotores de Justiça, agentes e delegados da Polícia Federal (PF) sobre a razão do Estado estar sendo tão pressionado pelo tráfico de drogas quando não tem porto, é pobre e não tem grande fluxo de turistas, que são chamarizes de narcotraficantes.

Os presos no Piauí estão relacionados com suposta lavagem de dinheiro de Juan Carlos Abadia.
Neste mês a Justiça leiloou uma mansão localizada no luxuoso bairro de Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC), e pertencente ao traficante colombiano Juan Carlos Abadia Ramirez, de 44 anos.
Com cerca de 400 m² de área construída, o imóvel está avaliado em R$ 1,5 milhão e se encontra numa das áreas maisvalorizadas do bairro, um novo espaço próximo a um shopping a céu aberto e a cerca de 400 m da praia. Dentro da casa, ainda foram encontrados por agentes da Polícia Federal em agosto de 2007, mais de R$ 300 mil, entre notas de dólares, euros e reais, escondidos sob um forro de gesso.
Segundo os corretores de imóveis que trabalham no bairro, a casa tem cinco suítes (sendo uma delas com banheira hidromassagem), quarto de hóspedes, sala para home theater, jardim e demais dependências.

O requinte do imóvel chama a atenção até mesmo do lado de fora da casa. Como todas as casas do bairro, ela não possui muros ou grades na frente. É possível andar pelo gramado, apreciar uma pequena fonte decorada com pedras, além de uma escada de mármore e detalhes em pedra palito nas paredes.

O leilão da mansão da capital catarinense foi determinado em setembro de 2007 pelo juiz federal Fausto Martin de Sanctis. Outras quatro propriedades do colombiano também têm o leilão autorizado pela Justiça: uma casa num condomínio de luxo em Aldeia da Serra, outra na cidade de Angra dos Reis, além de uma fazenda no Rio Grande do Sul e um sítio em Pouso Alegre, interior de Minas Gerais. Os cinco bens são avaliados em cerca de R$ 6 milhões.

A casa estava registrada no nome de uma empresária piauiense, proprietária de uma empresa imobiliária sediada em Curitiba PR). Abadía é considerado pelo Drugs Enforcement Administration (DEA), a agência antidrogas dos Estados Unidos um dos maiores traficantes do mundo. Seus bens no exterior são avaliados pelo governo norte-americano como algo próximo de US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 3,4 bilhões).

O traficante, detido no presídio federal de Campo Grande (MS), também é acusado de ter ordenado a morte de 300 pessoas na Colômbia e 15 nos Estados Unidos.

Fonte: Da redação

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