
Cinco anos após o primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país apresenta os menores números de casos e óbitos. Em 2024, as secretarias estaduais de saúde notificaram 862.680 casos, uma redução de 54,1% em comparação com 2023, quando foram registrados 1.879.583 casos. A queda em relação a 2022 foi ainda mais expressiva, com uma diminuição de 93,8% (14.043.760 casos notificados).
Os óbitos também sofreram uma grande queda, com uma redução de 59,6% em 2024, totalizando 5.959 mortes, em comparação aos 14.785 óbitos registrados em 2023 e 74.797 em 2022. O cenário de 2025 também apresenta números relativamente baixos em comparação com os anos anteriores.
Até 25 de fevereiro, foram reportados 130.507 casos e 664 óbitos, números inferiores aos de 2024, quando o Brasil havia registrado 310.874 casos e 1.536 óbitos no mesmo período.
Apesar dos avanços, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel, destaca que as medidas de prevenção continuam sendo extremamente relevantes. "Embora os números estejam diminuindo ao longo dos anos, a doença continua causando a perda de vidas na população brasileira, além de consequências graves como a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica. Por isso, é importante que as pessoas continuem atentas aos cuidados necessários para prevenir casos graves e óbitos pela covid-19", afirmou.
Ações
Para seguir reduzindo os dados de casos e óbitos por covid-19, diversas ações vêm sendo promovidas pelo Ministério da Saúde. Ano passado, a pasta criou uma coordenação específica para monitorar a doença, a Coordenação-Geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e Outros Vírus Respiratórios (CGCOVID).
Houve a incorporação das ações de vigilância, prevenção e controle da covid-19 em todas as suas estratégias de atuação: epidemiológica, laboratorial (diagnóstico rápido e molecular), vigilância genômica, imunização, tratamento antiviral específico e comunicação.
Em novembro de 2024, a pasta concluiu a compra de 69 milhões de doses , suficiente para abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS) por até dois anos, gerando economia superior a R$ 1 bilhão. Para garantir eficiência, o ministério adotou inovações, como entrega parcelada pelo laboratório e a possibilidade de substituição por versões mais recentes aprovadas pela Anvisa.
Em dezembro de 2024, o Ministério da Saúde atualizou a estratégia de vacinação contra a covid-19 . Com o informe técnico , a pasta incluiu as doses no Calendário Nacional de Vacinação para gestantes e idosos (60 anos ou mais). Gestantes devem ser imunizadas com uma dose por gestação, e os idosos receberão uma dose a cada seis meses. Em janeiro de 2024, teve início a inclusão da vacina para crianças de 6 meses e menores de 5 anos no Calendário Nacional de Vacinação .
O ministério continua a distribuir kits para testagem rápida para todo o Brasil conforme o Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19 - PNE-Teste . De janeiro de 2024 até março de 2025 foram distribuídos cerca de 17 milhões de testes rápidos para o diagnóstico de SARS-CoV-2.
Para orientar o sistema de saúde, foi lançado, em dezembro de 2024, o Guia de Vigilância Integrada da Covid-19, Influenza e Outros Vírus Respiratórios que traz as recomendações vigentes relacionadas ao tema.
O documento facilita o acesso da população, de profissionais e gestores de saúde às orientações detalhadas sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e vigilância laboratorial, entre outras recomendações.
Cuidados
Para a prevenção e controle da doença, a pasta ressalta a importância de ações como:
- Vacinação;
- Testagem;
- Isolamento dos casos confirmados;
- Medidas não farmacológicas, como uso de máscaras, etiqueta respiratória, higienização das mãos com álcool 70% ou água e sabão;
- Ventilação, limpeza e desinfecção adequada de ambientes;
- Protocolos de manejo clínico dos casos suspeitos.
Fonte: Secom