Polícia

OPERAÇÃO BAZÓFIA

Militar, empresário e o pai são presos pela PF em Teresina por fraude em benefício federal

Eles foram presos em uma operação que desarticulou uma quadrilha especializada em fraudar o Auxílio Emergencial e outras fraudes bancárias

Da Redação

Quinta - 28/11/2024 às 11:51



Foto: Reprodução PM Gonçalo Matos de Aguiar Neto e o irmão Ricardo Rômulo de Sousa
PM Gonçalo Matos de Aguiar Neto e o irmão Ricardo Rômulo de Sousa

Entre os presos na operação Bazófia, deflagrada na manhã desta quinta-feira (28) pela Polícia Federal em Teresina contra uma quadrinha especializada em fraudar Auxílio Emergencial, estão o policial militar do Maranhão Gonçalo Matos de Aguiar Neto, um irmão dele, o empresário Ricardo Rômulo de Sousa e o pai João Neto Matos de Aguiar. Eles foram presos em Teresina.

Ao todo, 11 pessoas foram presas e três estão foragidas. Ricardo Rômulo de Sousa é dono da Moderna Construtora e Incorporadora e da Bee Delivery , situadas em Teresina.

A família é acusada de lavagem de dinheiro e também estaria envolvida no esquema de fraude bancária no qual a polícia ainda está investigando a participação. 

Segundo o delegado Eduardo Monteiro, da Polícia Federal, as investigações iniciaram há dois anos com a identificação de fraudes relacionadas ao Auxílio Emergencial. O delegado relatou que eles se reuniam em uma casa alugada em Teresina, onde tinha oito funcionários trabalhando exclusivamente para executar as fraudes.

Além de Teresina, a Polícia Federal também cumpriu mandados judiciais em Bacabal (MA), onde a quadrilha tinha um braço. O líder da organização e outros membros seriam também de Bacabal.

A polícia apreendeu diversos chips de celular que o grupo utilizava para registrar as vítimas no aplicativo Caixa Tem, criado para viabilizar o pagamento do Auxílio Emergencial. O grupo também utilizava empresas de fachada para movimentar os valores obtidos ilicitamente.

As investigações apontaram que os membros da organização acessavam as contas de beneficiários do Auxílio Emergencial para efetuar pagamentos de boletos bancários, esvaziando assim os recursos das vítimas. Os valores desviados eram transferidos por meio de várias transações para outras contas, até serem direcionados a contas de "laranjas", utilizadas para saques ou depósitos.

Entre os bens apreendidos estão oito carros de luxo, um jet ski, joias, bolsas de grife e uma arma de fogo, além de dinheiro em espécie.

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