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DESIGUALDADE

No Brasil, mulheres ainda enfrentam obstáculos em cargos de liderança, aponta estudo

Estudo revela que mulheres ganham 19,4% a menos que homens

Da Redação

Sexta - 07/03/2025 às 10:18



Foto: Reprodução Mulheres ao longo da história conquistaram espaços e direitos, mas a luta por equidade segue
Mulheres ao longo da história conquistaram espaços e direitos, mas a luta por equidade segue

O Dia Internacional da Mulher, comemorado anualmente em 8 de março, remonta às lutas históricas por melhores condições de trabalho, direito ao voto e igualdade de gênero. No entanto, mais de um século depois dessas conquistas iniciais, a desigualdade persiste.

De acordo com um estudo recente dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, divulgado em 2024, as mulheres ainda recebem, em média, 19,4% a menos que os homens no Brasil. A disparidade salarial é ainda mais significativa em cargos de liderança: em funções de direção e gerência, por exemplo, a diferença pode chegar a 25,2%.

Giordania Tavares, CEO da Rayflex e líder nacional na fabricação de portas rápidas industriais, destaca que a desigualdade de gênero no mercado de trabalho continua sendo um obstáculo para muitas mulheres. "No mercado de trabalho, muitas mulheres ainda enfrentam desafios relacionados à desigualdade de gênero, o que pode limitar suas oportunidades de crescimento profissional", destaca Giordania, lembrando que essa diferença é particularmente visível em setores predominantemente masculinos, como a indústria.

Giordania Tavares

O cenário na indústria brasileira ainda revela a falta de representatividade feminina. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Instituto FSB, apenas 29% dos cargos de liderança no setor industrial são ocupados por mulheres. Giordania, que está à frente da Rayflex, uma das maiores empresas do ramo, afirma ser frequentemente a única líder feminina entre seus competidores diretos.

Com uma trajetória iniciada na adolescência, na área administrativa da empresa fundada por seu pai, Giordania conseguiu conquistar seu espaço na diretoria, superando as dificuldades típicas de um ambiente de negócios dominado por homens.

Embora nunca tenha enfrentado resistência dentro de sua própria empresa, ela observa que, fora dela, a realidade é bem diferente. “Às vezes, o posicionamento feminino encontra resistência, no entanto, acredito que, por meio do diálogo, podemos ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância de respeitar as diferenças e promover um ambiente mais igualitário e saudável”, afirma.

Fonte: Rayflex

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