A família da jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, afirmou nesta quarta-feira (18) que ela sofre há duas décadas de “esquizofrenia e transtorno bipolar severos”. A declaração foi feita após os episódios de homofobia protagonizados pela jornalista nos últimos dias, que resultaram em uma prisão e nova condução à delegacia. As filhas, que preferiram não se identificar, vieram a público para pedir desculpas às vítimas e disseram estar tomando providências médicas urgentes.
“Como filhas, gostaríamos de expressar, com profunda tristeza e sinceridade, o quanto estamos abaladas com os acontecimentos recentes. Pedimos desculpas, do fundo do coração, às pessoas que foram atingidas e afetadas pelas ofensas proferidas”, escreveram em nota ao UOL.
Segundo o relato, Adriana convive há mais de 20 anos com crises intensas das duas doenças, com episódios de descontrole que exigiram “inúmeras internações e tratamentos psiquiátricos”. As filhas destacam que, apesar do acompanhamento, os surtos têm se manifestado de forma imprevisível e preocupante.
“Nossa prioridade é garantir a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos. Estamos tomando, de imediato, as providências necessárias junto aos profissionais de saúde para que novos episódios sejam evitados”, disseram.
Entenda o caso
Adriana foi presa no sábado (15) após insultar o publicitário Gabriel Galluzzi Saraiva, de 37 anos, com ofensas homofóbicas dentro do shopping Iguatemi. Liberada no domingo (16) após audiência de custódia, ela foi proibida de frequentar o shopping e de deixar São Paulo sem autorização judicial.
Na segunda-feira (17), voltou a ser denunciada por insultos a três vizinhos homossexuais em um condomínio de alto padrão em Higienópolis. As agressões verbais foram registradas em vídeo. A jornalista foi levada novamente à delegacia, prestou depoimento e foi liberada.
Mesmo com o histórico de transtornos psiquiátricos, os casos seguem sendo investigados como crimes de homofobia. A administração do condomínio repudiou publicamente os ataques e Adriana já não reside mais no prédio.
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Fonte: Brasil 247
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