O Índice Nacional de Confiança (INC), divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) nesta sexta-feira (29), revelou que a confiança do consumidor se manteve estável em 103 pontos no mês de novembro, em comparação com outubro deste ano. No entanto, quando comparado a novembro de 2023, o índice registrou uma queda de 7,2%.
O INC mede a percepção dos consumidores em relação à economia brasileira e à sua própria situação financeira, além de avaliar sua disposição para o consumo e o nível de segurança sobre o emprego. A pesquisa foi realizada com 1.679 famílias em diferentes regiões do país, incluindo capitais e municípios do interior, e a confiança se manteve acima de 100 pontos, o que é considerado o campo otimista.
O economista Ulisses Ruiz de Gamboa, da ACSP, explicou que a estabilidade mensal do índice pode ser explicada por dois efeitos opostos. Por um lado, o aumento no emprego e na renda favorece a confiança, mas, por outro, a deterioração do poder aquisitivo, causada pela inflação, especialmente com os aumentos nos preços de itens essenciais como alimentos e bebidas, faz com que os consumidores fiquem mais cautelosos nas suas compras.
Em termos regionais, a confiança dos consumidores caiu no Nordeste, aumentou no Centro-Oeste e Norte e permaneceu estável no Sul e Sudeste. No que diz respeito às classes socioeconômicas, as classes AB apresentaram resultados mais elevados de confiança, enquanto as classes C e DE mantiveram níveis estáveis.
Apesar da cautela, a pesquisa indicou que as famílias demonstram disposição para realizar compras de maior valor, como carros e imóveis, além de bens duráveis, como produtos da linha branca (exemplo: geladeiras e fogões). Essa disposição reflete a confiança nas condições de segurança no emprego, com expectativas futuras sendo vistas relativamente mais favorável.
Fonte: Agência Brasil
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