Foto: CCom
Wellington Dias com presidente-executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura (Abdib), Venilton Tadin
O presidente-executivo da Abdib, Venilton Tadini, defendeu para ministérios e órgãos do governo federal que é importante que os bancos multilaterais (BID, Bird e CAF), provocados pela União, se manifestem e ofereçam suspensão de pagamento de juros e amortizações de contratos de financiamento assinados com governos – principalmente com estados e município - tal qual o standstill anunciado pelo BNDES. O governo federal tem assento nos conselhos destes organismos.
Se efetivada, a suspensão temporária do pagamento significaria um importante alívio de caixa para estados e municípios diante de uma situação crítica: queda na arrecadação tributária por causa da redução da atividade dos setores comercial e de serviços e aumento de custos nas áreas de saúde e assistência social.
"O enfrentamento da pandemia exigirá gastos adicionais e elevados do poder público, com mais recursos para a área de saúde, para oferecer assistência social para famílias mais vulneráveis e para dar socorro financeiro para empresas, sobretudo pequenas e médias. Mas, ao contrário da União, estados e municípios têm um conjunto menor de possibilidades, sobretudo restrições para endividamento", explica o presidente-executivo da Abdib.
A suspensão dos bancos multilaterais é uma das propostas da Abdib para dar fôlego de caixa para prefeituras e estados na gestão da crise sanitária, econômica e social consequente da pandemia. Todas estão listadas no documento "Medidas para garantir os serviços de infraestrutura e manter a atividade econômica", com sugestões emergenciais para o enfrentamento da crise e recuperação da economia.
Bancos oficias – Além dos bancos multilaterais, outra proposta é orientar que o Banco do Brasil e Caixa adotem medidas similares ao BNDES, que suspendeu por seis meses o pagamento de principal e juros de empréstimos de empresas. Tais iniciativas, para a Abdib, teriam efeito importantíssimo sobre os setores imobiliários e agrícola, bem nos municípios. "Bancos regionais poderiam seguir na mesma linha, temporariamente", afirma Tadini.
Em apoio a essa proposta, seria pertinente permitir que estas instituições financeiras públicas possam utilizar os recursos disponíveis no FI-FGTS para composição do funding delas, ampliando a potência das iniciativas coordenadas por elas no combate da crise e reposição de liquidez.
José Casadei,
Diretor de Comunicação da Abdib
Fonte: Comunicação Abdib
Siga nas redes sociais