O prefeito Silvio Mendes estabeleceu que até o fim de fevereiro deve apresentar uma solução para os problemas no transporte público de Teresina. Na terça-feira (28), o gestor se reuniu com o superintendente de Transportes e Trânsito, Carlos Daniel, e o engenheiro Antônio Santana, responsável pelo Plano Diretor do Sistema Viário e de Transporte Coletivo.
A prefeitura deve revisar a dívida com as empresas de transporte, mas a atual gestão manterá os compromissos assumidos pela administração anterior. O prefeito destacou que a dívida total não é de R$ 200 milhões, como foi divulgado, e que o valor repassado nos últimos anos para o setor foi de aproximadamente R$ 131 milhões.
"As empresas mencionaram uma dívida que hoje estaria passando de R$ 200 milhões, mas não é, garanto que não é. O subsídio repassado é de cerca de R$ 131 milhões. Esse foi o dinheiro público empregado no sistema. O que a prefeitura tem é uma conta que não foi feita por mim, mas que eu vou cumprir. São pagos R$ 4 milhões e 750 mil por mês. Repito, será transferido apenas para a empresa que colocar ônibus na rua. Quem não colocar, não recebe", destacou.
Ainda, será realizado um levantamento detalhado sobre o funcionamento do sistema de transporte. O estudo incluirá a quilometragem percorrida pelos ônibus, a frequência das linhas e a demanda da população.
"Vamos analisar a quilometragem, a frequência dos ônibus pelas vias, se atende à população e quantos ônibus são necessários. São questões que não podem esperar", afirmou.
Outro ponto importante abordado pelo prefeito foi a revisão do valor da passagem.
"Há um check-list que precisa ser feito, calculando várias variáveis. De acordo com o cálculo do Tribunal de Contas do Estado, o valor da passagem é muito alto e a população não pode pagar. É preciso chegar a um consenso, onde todos cedam, seja o empresário, seja a prefeitura, levando em consideração a capacidade de fornecer subsídios para que não haja aumento da tarifa, entendendo que a maioria da população é de baixa renda. Vamos chamar o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a Câmara Municipal, o setor produtivo e os usuários para discutir e apresentar o que é possível fazer", declarou.
Fonte: PMT