Em entrevista concedida nesta quinta-feira (6) às rádios baianas Metrópole e Sociedade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou confirmar sua candidatura à reeleição em 2026, mas foi enfático ao afirmar que, caso Jair Bolsonaro (PL) tente retornar ao Palácio do Planalto, será novamente derrotado. Lula destacou que sua prioridade é impedir o retorno do negacionismo e fortalecer a democracia no país.
"Eu não posso falar isso agora, querido. Eu só posso dizer o seguinte: se depender de mim, o negacionismo não voltará. Se depender de mim, a democracia vai derrotar o negacionismo", afirmou o presidente, ressaltando seu compromisso em evitar a volta do ex-presidente ao poder.
Lula relembrou a vitória sobre Bolsonaro em um cenário adverso e rebateu críticas sobre a gestão fiscal de seu governo. "Se o cidadão que foi presidente, com as bravatas que ele fala, com as mentiras que ele conta, com as provocações que ele faz, quiser ser candidato, ele sabe que eu o derrotei quando eu era oposição e ele estava com a máquina na mão, que deixou um déficit de 2,6% para mim, e o nosso déficit agora foi 0,09%", argumentou.
O presidente foi ainda mais enfático ao descartar um possível retorno de Bolsonaro: "Se esse cidadão acha que vai voltar, ele pode tirar o cavalo da chuva, porque quantas vezes ele for candidato, quantas vezes eu vou derrotá-lo", declarou.
Embora não tenha antecipado uma decisão sobre sua candidatura em 2026, Lula sinalizou que continuará atuando contra o avanço da extrema direita e do negacionismo no país.
Além das declarações políticas, o presidente expressou preocupação com os altos preços dos alimentos no país, mas projetou que o crescimento dos preços deve desacelerar e demonstrou otimismo em relação à economia. "A economia brasileira está vivendo seu melhor momento", afirmou Lula, citando um crescimento mais forte do que o esperado e declarando que a inflação está "sob controle", apesar de superar a meta do Banco Central, que é de 1,5% a 4,5%.
O presidente também mencionou que o real brasileiro ainda está em um nível baixo em relação ao dólar americano, mas prevê um "ajuste" na taxa de câmbio, com a moeda local subindo mais de 6% neste ano, após atingir mínimos históricos em dezembro.
Fonte: Brasil 247