
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a demissão do policial rodoviário federal Ronaldo Braga Bandeira Júnior, conforme portaria publicada em 25 de julho. A decisão não está vinculada ao episódio controverso de 2022, quando Bandeira Júnior foi filmado demonstrando técnicas de tortura com spray de pimenta dentro de uma viatura, segundo o G1.
De acordo com o despacho de Lewandowski, a demissão de Bandeira Júnior foi motivada por sua participação na administração de uma sociedade privada, o que constitui uma infração disciplinar de acordo com as normas da corporação.
Em suas redes sociais, o ex-policial expressou surpresa com a decisão, alegando que acreditava que o processo sobre sua gerência de empresa, iniciado em 2017, já estava encerrado. Bandeira Júnior afirmou que, apesar de ter sido absolvido anteriormente, a reabertura do caso resultou em sua demissão.
Três meses antes de sua demissão, o Ministério da Justiça havia imposto uma suspensão de 90 dias a Bandeira Júnior devido ao polêmico vídeo de 2022. Na ocasião, apesar da recomendação da corregedoria da PRF para demissão, Lewandowski optou por uma punição menos severa, decisão que Bandeira Júnior celebrou publicamente.
O vídeo, gravado em 2016 durante uma aula dada por Bandeira Júnior, ganhou destaque após a morte de Genivaldo de Jesus Santos em maio de 2022, durante uma operação da PRF em Sergipe. Embora o vídeo tenha sido revelado na mesma época, Bandeira Júnior não esteve diretamente envolvido no caso que levou à morte de Genivaldo. A PRF ainda não comentou oficialmente sobre a demissão do ex-policial.
Fonte: Brasil 247