Saúde

UBS promove terapia comunitária para ajudar a curar doenças

Serviço é realizado nas UBS dos bairros Vamos Ver o Sol, Angelim, Saci e Real Copagre

Sexta - 23/03/2018 às 17:03



Foto: Reprodução UBS promove terapia comunitária para ajudar a curar doenças
UBS promove terapia comunitária para ajudar a curar doenças

As dores ocasionadas por graves doenças, insônia, sentimento de solidão e até coisas simples como as preocupações do dia a dia são fatores que comprometem a saúde das pessoas. Muitos desses problemas podem ser tratados com terapias e sem uso de medicamentos.

A roda de terapia comunitária é uma dessas opções e vem sendo realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS), da Prefeitura de Teresina, no bairro Poti Velho, uma vez por mês e nas UBS dos bairros Vamos Ver o Sol, Angelim, Saci e Real Copagre.

O atendimento com a terapia integrativa no bairro Poti Velho é para pessoas de todas as idades, mas tem maior participação de mulheres da terceira idade, não necessita agendamento e também é para funcionários da UBS, no espaço denominado de oca de terapia.

É feito por profissionais treinados como enfermeira, agente de saúde, psicólogo, médica e dentista com o apoio de educador físico e psicólogo, do Núcleo Saúde da Família (NASF).

Por meio da roda de terapia os participantes abordam problemas e a cada sessão todos falam de alguma dificuldade e um tema é escolhido, por meio de votação dos participantes, para que todos possam contribuir com suas experiências.

Maria de Jesus Carneiro, 64 anos, que tem problemas renais, na tireoide, dores na coluna e utiliza medicamentos de uso contínuo, participa para ter mais saúde. “Aqui eu tenho muita paz, falamos das nossas doenças, ouvimos outras pessoas, relaxo e até durmo melhor”, revela. Essa experiência é compartilhada por Lídia Teresa de Jesus, 85 anos, que tem vários problemas de saúde, recebe abraços e encontra apoio para falar de suas doenças e outros assuntos.

Na última roda de terapia o tema foi sobre o sentimento de solidão, da acadêmica de medicina Gabriele Mororó, 32 anos, que trabalha na UBS. Ela há 5 anos deixou sua cidade natal, Fortaleza, para cursar medicina em Teresina.

“Há quatro meses participo e também faço terapia para mudar o sentimento de solidão. Para mim, e diferente da maioria das pessoas, o melhor dia é a segunda-feira porque vou encontrar pessoas”, diz. Ela revela que falar sobre as dificuldades em uma roda de terapia é uma forma de aprendizado para aprender a lidar com os problemas.

A enfermeira e terapeuta comunitária que coordena a roda de terapia, Nancy Nay Loiola Batista, explica que ninguém recebe conselho, mas escuta relatos de outras pessoas e pode absorver o que é positivo. “A maioria dos idosos se sentem invisíveis pela família, estão com dores, solitários. Não damos conselho, mas as pessoas relatam suas experiências e escutam as outras. Observamos que elas melhoram a própria vida”, assegura.

Roda de terapia

Os participantes em círculo recebem acolhimento com música e para relaxar é realizada a eutonia, que é uma técnica japonesa criada há mais de mil ano. É feita com o toque em partes do corpo com uma colher de madeira ou com as mãos para liberar energia dos ossos e provocar relaxamento.

A agente de saúde Dalva de Oliveira fala que os idosos sentem-se muito bem nas rodas de terapia porque muitos não falam em casa o que estão sentindo. “O cotidiano deles pode ser muito estressante, fazem uso de muitos medicamentos, não encontram pessoas para conversar, mas aqui são ouvidos e participam”, fala.


 

Fonte: PMT

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