Saúde

Simpósio discute o potencial terapêutico à base de canabidiol

Governo faz convênio para pesquisa do canabidiol

Sexta - 10/03/2017 às 14:03



Foto: Olá Bahia Canabidiol
Canabidiol

O governador Wellington Dias esteve presente na abertura do I Simpósio sobre uso Medicinal dos Canabinóides do Estado do Piauí, nessa quinta-feira (09), no Diferencial Buffet, em Teresina. O evento que é uma realização do Governo do Estado em parceria com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Secretaria da Saúde do Estado (Sesapi) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (Fapepi) segue até esta sexta-feira (10), reunindo pesquisadores, profissionais de saúde, especialistas, advogados, órgãos governamentais, acadêmicos e comunidade em torno da temática no cenário brasileiro e mundial para universalizar o tratamento e contribuir para maior segurança e qualidade de vida aos usuários deste medicamento.

Na oportunidade, o governador celebrou um convênio entre a Fapepi, UFPI, Uespi e a Sesapi garantindo o suporte para as pesquisas na área e definiu o apoio do Estado, assim como o seu esforço pessoal para, juntamente, com outros líderes discutirem a legislação e buscarem alternativas para mudar a legislação em prol da cura de doenças e da qualidade de vida “queremos aqui nivelar o conhecimento do que há de mais avançado no mundo. Ouvimos diversos depoimentos e histórias como a da minha filha Daniele Dias, que chegou a ter até 60 convulsões ao mês e reduziu substancialmente após a utilização dessa substância. Ela estava muito agressiva e voltou a interagir. Como pai e como gestor sei da importância de estimular o desenvolvimento científico para garantir a universalização deste medicamento para ajudar a salvar vidas”, comentou.

Muitas pesquisas científicas comprovam a utilização de uma das substâncias da planta Cannabis sativa – vulgarmente conhecida como maconha - para recurso terapêutico de doenças de difícil tratamento, a exemplo da Esclerose múltipla, Epilepsia Refratária, transtornos mentais e também doenças degenerativas como o Alzheimer e o Mal de Packinson.

Para a doutora em produtos naturais e sintéticos associada e líder do grupo de pesquisa sobre Cannabis Medicinal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Katy Lisias Gordim, que realizou a palestra de abertura do Simpósio “saber que existe uma planta capaz de salvar muitas vidas e não fazer nada, é um crime”, por isso é preciso cada vez mais estudar todos os princípios ativos e farmacológicos e ter pessoas engajadas na busca por conhecimento e também na disseminação dos resultados.

O presidente da Liga Cannabica da Paraíba, Júlio Américo, disse que “há muito preconceito quanto ao cultivo da planta porque as pessoas olham apenas para o lado alucinógeno, esquecendo que naquela mesma planta há substâncias capazes de salvar vidas. E eventos como esse são importantes para disseminar, conscientizar e resgatar o uso medicinal da cannabisl”, disse.

Em países como Suíça e Inglaterra, na Europa; e o Uruguai, na América Latina já existem políticas bem definidas em relação ao uso medicinal, produção do medicamento e até o manejo da planta, como o caso do Uruguai. No entanto, no Brasil não é permitida a produção nacional para uso do medicamento e os mesmos são importados dos Estados Unidos, com custos elevados. De acordo com o secretário da Saúde, Francisco Costa, no Piauí, a Sesapi já disponibiliza a utilização de medicamentos importados, por meio de ação judicial, mas o que se espera é que vencidos os entraves jurídicos que dificultam o acesso, a secretaria possa ter um protocolo sistematizado.

Fonte: CCOM

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