Polícia

Senado aprova PEC que torna estupro crime imprescritível

Quinta - 10/08/2017 às 15:08



Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado Senadora Regina Sousa (PT-PI)
Senadora Regina Sousa (PT-PI)

Foi aprovado por unanimidade, nesta quarta-feira, 9, pelo plenário do Senado o projeto de emenda constitucional que torna imprescritível o crime de estupro. A proposta foi apreciada em dois turnos e segue agora para a Câmara dos Deputados, ela foi apresentada por Jorge Viana (PT-AC).

Na prática, o crime de estupro será punido mesmo tendo ocorrido muito tempo antes. Jorge Viana disse que a proposta é uma vitória das mulheres. “O projeto vai impedir a prescrição e punir os responsáveis por este crime horroroso”, comentou.

Pela proposta de emenda à Constituição, o crime de estupro passa a figurar, juntamente com o racismo, como crime “inafiançável e imprescritível”. A alteração significa que o crime poderá ser denunciado e punido a qualquer tempo, mesmo depois de vários anos da ocorrência do estupro.

Viana lembrou que esse tipo de crime nem sempre é notificado. Em muitos casos, falta coragem à vítima para denunciar o agressor. A imprescritibilidade permitirá que a vítima reflita, se fortaleça e denuncie, sem que o estuprador acabe impune. “Com essa proposta, estaremos mandando uma mensagem para todos os criminosos: não façam pois, o crime não vai prescrever”, disse.

A presidenta da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Regina Sousa elogiou o autor, que é seu companheiro de partido, pela iniciativa legislativa: “quero ressaltar que esta ideia nasceu da iniciativa de um homem, o senador Jorge Viana. Acho que, quando todos os homens sentirem que esse assunto da violência contra a mulher é assunto de homens e mulheres, a gente vai melhorar muito a performance”.

Regina lembrou que nesta semana, no estado do Piauí, a polícia desvendou o primeiro caso de “estupro no ambiente virtual”, ocorrido no Brasil, modalidade de crime em que um homem, mesmo não estando presente, chantageia uma mulher para que ela grave e lhe envie vídeos com cenas de cunho sexual.

Fonte: Ascom

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