Saúde

TABAGISMO

Teresina está entre as capitais do Nordeste com menor índice de tabagismo

O tabagismo é a principal causa evitável de doenças e mortes prematuras

Da Redação

Domingo - 10/03/2024 às 18:19



Foto: Divulgação O tabagismo é um fator importante do aumento de risco cardiovascular
O tabagismo é um fator importante do aumento de risco cardiovascular

Com 2,6%, Teresina é a segunda capital do Nordeste com menor percentual de homens que se declaram fumantes. Em primeiro lugar está Aracaju (SE), com 2,9%. Os dados são da pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde em 2023. 

Segundo o cardiologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Fernando Giordano, o Brasil é um país onde o nível de adesão ao tabagismo é baixo, quando comparado ao resto do mundo. Ele atribui a baixa estatística conscientização pregada pelos profissionais e órgãos de saúde que têm contribuído para o esclarecimento da população sobre os malefícios do ato de fumar.

O especialista lembra que o tabagismo é um fator importante do aumento de risco cardiovascular e, por isso, os números devem ser comemorados, mas ressalta outro aspecto relacionado. 

No consultório, sempre que atende um paciente tabagista, o médico lembra dos riscos que o tabaco causa ao sistema cardiovascular; o principal deles é o de infarto e AVC. 

"Existem muitos meios hoje de se tentar largar o vício. Hoje temos muitas opções de tratamento. Isso vai, com certeza, prevenir doenças cardiovasculares durante a vida do indivíduo. Vai muito da força de vontade da pessoa, claro, porém hoje existem vários mecanismos que podemos melhorar isso, desde adesivos de nicotina a medicações que diminuem a ansiedade e o desejo de fumar. Em alguns casos, uma avaliação psicológica também é importante", ressalta o especialista da Hapvida NotreDame Intermédica. 

Riscos para homens e mulheres

O tabagismo é a principal causa evitável de doenças e mortes prematuras. Segundo dados do Ministério da Saúde, o crescimento do ato entre mulheres é maior que entre os homens. Além disso, o mito de que o fumo prejudica mais o público masculino do que o feminino já foi derrubado por estudos que apontam prejuízos para ambos os sexos.

O cardiologista explica que para ambos os sexos existem riscos relacionados ao tabagismo. Porém, as mulheres, até chegar na menopausa, têm hormônios que protegem, de certa forma, o sistema cardiovascular. 

"Quando chega a menopausa, ela perde a função desses hormônios e acaba se igualando o risco cardiovascular ao do homem. Mas o risco de ter um infarto, um AVC, é similar para os dois", explica.

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