Saúde

CASO RARO

Idosa de 81 anos morre após cirurgia para retirada de "bebê de pedra" em MS

A paciente chegou a ser encaminhada para a UTI mas veio a óbito; caso é considerado raríssimo

Da Redação

Terça - 19/03/2024 às 13:58



Foto: Reprodução A litopedia é uma condição raríssima; “bebê de pedra” resultante pode não ser detectado por décadas
A litopedia é uma condição raríssima; “bebê de pedra” resultante pode não ser detectado por décadas

Uma idosa de 81 anos faleceu após descobrir que carregava um feto calcificado em seu abdômen, em Ponta Porã, região sul do Mato Grosso do Sul. As informações são do secretário de saúde da cidade, Patrick Derzi.

A idosa foi internada com dores abdominais, no dia 14 de março, com um quadro de infecção grave, e descobriu a condição raríssima após uma tomografia 3D realizada no mesmo dia. A equipe médica do Hospital Regional de Ponta Porã suspeita que o feto estivesse no corpo da idosa desde sua última gravidez, há 56 anos.

Após o descobrimento do feto, a equipe de obstetrícia foi acionada e realizou a cirurgia para retirada do corpo. A paciente chegou a ser encaminhada para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas veio a óbito no dia seguinte, por causa de um quadro grave de infecção generalizada, que teve início a partir de uma infecção urinária, que ela já tratava.

A idosa era indígena e morava em um assentamento no município de Areal Moreira. Patrick Derzi, que também é médico, informou que a condição é chamada de litopedia. A litopedia é um tipo raro de gravidez ectópica, e ocorre quando o feto de uma gravidez abdominal não reconhecida morre e se calcifica. O “bebê de pedra” resultante pode não ser detectado por décadas, e pode causar complicações futuras. A litopedia é um evento muito raro que ocorre em 0,0054% de todas as gestações.

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