Saúde

DENÚNCIA

HUT nega que paciente tenha morrido por falta de medicamentos e abre sindicância

O HUT informou que o paciente já chegou em estado gravíssimo e abriu uma sindicância para apurar os responsáveis por divulgar fake news

Da Redação

Terça - 12/03/2024 às 10:27



Foto: Divulgação/Prefeitura de Teresina Hospital de Urgência de Teresina (HUT)
Hospital de Urgência de Teresina (HUT)

Teresina (PI) - A Fundação Municipal de Saúde (FMS) se pronunciou sobre a morte de um paciente de 35 anos no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), que teria ocorrido pela falta de antibiótico na unidade hospitalar. O caso repercutiu bastante e causou revolta na população teresinense. 

Em nota de esclarecimento, a FMS e a a Diretoria do HUT informaram que o prontuário do paciente foi cuidadosamente avaliado para determinar as causas da morte e a análise preliminar apontou que o paciente, que veio para o HUT através da regulação do SUS no dia 26 de fevereiro, já chegou na unidade em estado gravíssimo, em insuficiência renal grave e em sepse. 

A FMS disse que no mesmo dia da admissão, o paciente Júlio Cesar Costa passou por cirurgia e posteriormente foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

"Cumpre esclarecer que, de modo diverso do que foi divulgado, desde o dia de sua admissão, em 26/02/2024, o paciente vinha fazendo uso de antibióticos eficazes à bactéria que o infectava, conforme resultado do laudo do antibiograma realizado conjuntamente com a cultura. Na verdade, o antibiograma revelou que o antibiótico mencionado na reportagem sequer era eficaz contra a bactéria que acometia o paciente. Ademais, o antibiograma revelou a possibilidade de uso de 17 antibióticos eficazes contra a bactéria identificada, dos quais vários se encontravam disponíveis no HUT", diz trecho da nota.

A nota diz ainda que a família do paciente foi informada da gravidade do quadro, do alto índice de mortalidade da doença que o levou à internação e da possibilidade de desfecho fatal. Por fim, a diretoria do hospital afirma que a morte do paciente foi em decorrência da doença e que foi feito o tratamento para tentar reverter a gravidade do quadro.

Por fim, a FMS classificou o caso como fake news quando associaram a morte do paciente à falta de medicação na unidade. A Fundação disse que vai abrir uma sindicância interna para apuração do caso e de responsabilidades pela divulgação de dados sensíveis (prontuário), bem como a divulgação de informações falsas e registros indevidos em documentos médicos. Além disso, ainda haverá uma apuração de eventual responsabilização cível e criminal daqueles envolvidos na divulgação de fake news.

A DENÚNCIA

O Sindicato dos Médicos de Teresina (Simepi) associou a morte do paciente a falta de antibiótico no HUT, a vancomicina. Segundo o sindicato, os médicos teriam prescrito o antibiótico dia 28 de fevereiro e o paciente só teria recebido no dia 06 de março, um dia antes de sua morte. Para o sindicato, o paciente recebeu a medicação quando o seu quadro clínico já estava agravado. 

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