Educação

Radialista denuncia que foi agredido por Policiais militares

Piauí Hoje

Segunda - 10/08/2009 às 04:08



Um ato no mínimo estranho e que se caracteriza abuso de autoridade foi relatado a nossa reportagem na manhã deste domingo (09) pelo acadêmico de jornalismo da Faculdade R. Sá, Batista Pereira. O mesmo procurou a redação do Portal O Povo para denunciar agressões sofridas por policiais militares na noite deste sábado.De acordo com relatos do radialista que faz parte do staff de repórteres da Rádio Tropical FM, o fato ocorreu por volta das 01h40min quando se dirigia com amigos para um evento nas proximidades do Posto Líder, situado as margens da Br 316.Batista Pereira conta que ao ser abordado por polícias da ROTAM (Rondas Táticas em Motos) , mesmo sem esboçar nenhuma atitude suspeita, foi agredido com palavrões ao tempo que foi humilhado. Na ocasião sem mesmo saber do que se tratava, disse que um dos policiais chegou a usar de força, no que poderia ser apenas uma revista de rotina."Estávamos indo a essa festa. Em determinado momento fomos abordados. Levantei os braços e esperei a revista. No entanto um deles começou a usar palavrões. Fizeram uma revista bastante brusca, coisa que estranhei. Depois disso, um deles chamou dois novos policiais numa viatura, e um deles retirou do meu bolso meus documentos sem minha permissão e de forma bruta. Quando me virei para questionar porque o motivo de retirar a minha carteira, recebi um jato de spray de pimenta no rosto. Em um ato desnecessário o que prova o despreparo de alguns policiais". Disse.Após a revista, o repórter foi colocado na viatura sem saber o motivo e levado a Central de Flagrante situada no bairro Bomba, em Picos."Ao chegar lá desci da viatura em atitude obediente com as mãos para trás e na sala de recepção do Distrito fui novamente constrangido quando um policial me ordenou que eu sentasse no banco, mas disse a ele que não queria sentar e o mesmo disse que eu era [folgado] e fui agredido com um chute que me derrubou e em seguida de forma bruta fui imobilizado e posteriormente algemado", frisou.Batista contou ainda que ficou por mais de duas horas na Central de Flagrante onde foi ouvido pelo delegado plantonista Carlos Eduardo."Fui liberado por volta das 4 horas da manhã. Agora vou atrás dos meus direitos, pois fui desrespeitado, agredido fisicamente e moralmente, sem ao menos ter feito algo. Acho que foi uma atitude desnecessária, tenho uma identidade pública, e o que percebi, é que essa atitude só demonstra o ego exacerbado de certo policiais. Percebi também que foi uma atitude preconceituosa, por se tratar de três pessoas de cor negra [ eu e meus dois outros amigos]. Enfim algo tem que ser feito, vou atrás dos meus direitos", concluiu o radialista.Batista Pereira atua na imprensa picoense como radialista há mais de 17 anos. Com passagens pela Rádio Difusoura, Guaribas FM, Cultura FM e Rádio Tropical. Em jornais impresso começou no Tribuna do Povo ainda em 94, passando pelo Jornal de Picos e Jornal Total. É Conselheiro Suplente do Conselho Tutelar de Picos e atualmente cursa o 3º período do curso de Comunicação Social na Faculdade R. Sá.Batista Pereira é membro da APCDEP (Associação Piauiense dos Cronistas Desportivos do Estado do Piauí) onde é conhecido no meio como um cronista atuante, participando de todos os jogos da Sociedade Esportiva de Picos. PM fala sobre o caso do radialista agredido O comandante geral da Polícia Militar do Piauí, Francisco Prado vai abrir uma sindicância para apurar as denuncias do radialista Batista Pereira que acusa policiais militares de Picos, de agressão. A informação é do relações públicas do 4° BPM e comandante do ROCAD (Rondas Ostensivas Capitão Antônio David) tenente Monteiro . De acordo com Monteiro o caso será apurado e caso seja comprovado o abuso por parte dos policiais, os mesmos serão punidos. "Situações como essas o Comando do 4° Batalhão em hipótese alguma aceita que nossos militares façam esse tipo de abordagem ou alguma agressão que possa ofender um cidadão da nossa sociedade. O nosso comandante já tem conhecimento do caso e ele já se pronunciou e disse que irá apurar o caso, pegar os nomes dos policiais que estavam de serviço, pegar os depoimentos e saber a real situação do momento", disse. Monteiro disse ainda que o Comando Geral não vai aceitar qualquer tipo de abuso e a ordem é para apurar em detalhes o caso. "É um situação inaceitável e não é a visão do nosso comandante e vamos abolir essa prática que há muitos anos vem acontecendo não só aqui, mas em todo Mundo. Caso os policiais sejam culpados, serão punidos. Será uma punição administrativa e caso o cidadão que foi agredido entre com uma ação judicial, eles também serão punidos via Justiça civil", acrescenta Monteiro.

Fonte: Riachaonet

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