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Quem reage tem que morrer, diz ladrão que matou estudante

ladrões declarações chocam delegada

Terça - 30/10/2012 às 13:10



 Frieza. Foi o que os criminosos envolvidos no assalto em Higienópolis que terminou com a morte da estudante Caroline Silva Lee, de 15 anos, teriam demonstrado no momento da prisão. De acordo com o sargento Márcio Barreto, ao falar sobre a morte da adolescente, o ladrão que realizou os disparos não teria esboçado sentimento, dizendo, de forma sarcástica: “Quem reage tem que morrer”.

A frase chocou também a delegada Leslie Karam Petros.

— Ele parou, olhou, e deu de ombros e falou "é isso que acontece com quem reage". Fiquei perplexa na hora, realmente eu não esperava aquela resposta. De acordo com a delegada, os outros dois presos também usaram a frase de forma irônica. Um deles chegou a rir.

— A gente ficou super espantado, porque realmente não esperava aquela resposta.

O trio foi preso 15 minutos depois do crime. Eles foram perseguidos por uma viatura da Policia Militar até uma praça que fica cerca de 5 km do local do assalto, ocorrido em área nobre da capital paulista. Durante a fuga, bateram em um carro e foram obrigados a parar. Eles desceram do veículo e teriam atirado contra os PMs, mas acabaram se entregando. O carro usado por eles havia sido roubado no último dia 14.

Caroline foi morta no domingo (21). Ela voltava a pé para casa com o namorado, de 24 anos, quando os assaltantes abordaram o casal, que havia acabado de sair de uma festa.

Os criminosos, que têm idades entre 18 e 19 anos, tinham passagem pela polícia.

No interrogatório, logo após a prisão, os três disseram que não se arrependiam do que tinham feito. Eles foram levados a um centro de detenção provisória, onde devem aguardar julgamento.

Tristeza
O namorado da adolescente, Jardel Nascimento, relata como foi o ataque.

— O rapaz chegou na nossa frente, o outro ficou atrás. O outro ficou puxando a minha mochila, eu tentei só segurar. E o outro falou "passa a mochila que eu estou armado, passa a mochila que eu estou armado". Jardel diz que entregou a mochila dele, mas o assaltante também quis a de Caroline. Segundo o rapaz, a namorada não reagiu.

— Ela não reagiu. Só ficou segurando a mochila dela e gritando, né? Gritando por socorro, para ver se alguém ajudava a gente.

De acordo com ele, foi tudo muito rápido. A adolescente levou dois tiros na região do pescoço e caiu na calçada. Emocionado, Jardel lembra do momento em que socorria a namorada.

— Eu fiquei tentando fazer com que ela não dormisse. Fiquei fazendo respiração boca a boca nela e tentando fazer massagem nela. No momento eu só queria ajuda porque eu estava sozinho. Não tinha um carro para levá-la até o hospital. Eu fiquei gritando por ajuda, fui para o meio da rua, e os caras que estavam passando de carro quase me atropelavam.

Maria Lee Silva, mãe da adolescente, não se conforma.

— Ele não poderia ter pegado esse objeto e ido embora e deixado a vida dela em paz? Mas tem que bater, tem que matar, por quê? É um pedaço de mim que partiu...

Fonte: agencias

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