Estudo publicado no Journal of the Amercian Board of Family Medicine concluiu que, nos EUA, programa voltado para adolescentes grávidas, aplicado a todas aquelas sem atendimento até o sexto mês de gestação, teria que custar uma média de 95 dólares ou menos por pessoa e reduzir o número de bebês com baixo peso ao nascer em 50% para ser custo-efetivo.Comparado a nenhum atendimento pré-natal, qualquer atendimento pré-natal junto a adolescentes grávidas resulta em economia posterior, relacionada a reduções no custo do cuidado de bebês com baixo peso ao nascer em 50% para ser custo-efetivo nos meses posteriores. Essa é a conclusão de um estudo realizado nos EUA e publicado na edição de maio-junho do Journal of the Amercian Board of Family Medicine. Segundo o artigo, os valores oscilam entre 2.369 e 3.242 dólares por pessoa, dependendo de quando o atendimento é iniciado.O texto explica que o ponto de partida foi o fato de que as adolescentes grávidas, nos Estados Unidos, apresentam alto risco de não serem submetidas a cuidado pré-natal e de terem bebês com baixo peso ao nascer. A observação sugeria que "que podem ser feitas economias significativas se as adolescentes forem capazes de obter atendimento pré-natal no devido tempo", afirmam William J. Hueston e colegas, autores do estudo e pesquisadores do departamento de medicina da família da Medical University of South Carolina (EUA).De acordo com o artigo, para determinar o momento ótimo em que as adolescentes devem iniciar o atendimento pré-natal, os autores conduziram uma análise custo-benefício a partir do Medicaid, o principal custeador dos serviços relacionados à gestação para adolescentes. Todas as projeções de custo foram baseadas nos atuais exames recomendados no atendimento pré-natal, no custo dos partos vaginal e cesáreo e nos custos estimados do atendimento da criança em seu primeiro ano de vida. "Nós, então, comparamos o custo médio por pessoa e realizamos análises de sensibilidade baseadas em quando o atendimento pré-natal teria começado", dizem os pesquisadores.Com base nos resultados, os autores concluíram também que, se o atendimento pré-natal de fato reduz a taxa de bebês com baixo peso ao nascer, o atendimento pré-natal apresenta custo-benefício. Segundo eles, para apresentar custo-benefício, um programa com objetivo de melhorar o acesso de adolescentes grávidas, aplicado a todas aquelas sem atendimento até o sexto mês de gestação, teria que custar uma média de 95 dólares ou menos por pessoa e reduzir o número de bebês com baixo peso ao nascer em 50%.
Fonte: Agências
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