Foto: Arquivo pessoal
Luciana com o filho Cosme Damião morto por PM
Prossegue nesta terça-feira (12), às 11h, o julgamento do soldado da Polícia Militar do Piauí, Ivaldo Vieira da Silva Filho, acusado de matar Cosme Damião dos Santos Neto, a tiros, e balear a mãe do adolescente, Luciana Santos, em outubro de 2017, no Renascença. A mãe do rapaz precisa de ajuda para fazer uma tomografia da mama, atingida pelo disparo. O exame é caro, custa mais de R$ 1.100,00. Ela está com um tumor e pode ter que fazer a retirada do mama.
Luciana Santos teve que passar por várias cirurgias, porque o tiro atingiu o intestino. Ele teve que usar uma bolsa de colostomia, que já foi retirada.
Dona Luciana pede justiça. “Ele precisa pagar pelo crime que cometeu. Ele matou meu filho e tentou me matar. Tem que ir para um presídio comum, porque essa de prisão em quartel, presídio militar é mordomia. Lá ele está passando é bem, parece um hotel. Ele tem que ser condenado, perder a farda e ir para a cadeia, que é lugar de bandido”, diz Luciana Santos, em um áudio enviado à redação do portal PIAUIHOJE.
O PM Ivaldo Vieira da Silva Filho e uma de suas vítimas: Luciana Santos [Foto: Reprodução]
Entenda o caso
O caso do PM que matou o adolescente em 2017 ganhou repercussão porque o policial usar uma moto que estava apreendida no pátio da Polícia Civil e utilizá-la no crime. Durante o assassinato, a mãe a vítima foi ferida com tiro.
O policial militar Ivaldo Vieira da Silva Filho, foi preso no dia 10 de abril de 2018, depois de ser considerado foragido pela morte de Cosme Damião Santos, executado a tiros na porta de casa na noite do dia 10 de outubro de 2017, no bairro Renascença, na região do Grande Dirceu, em Teresina.
O acusado de homicídio e tentativa de homicídio contra a mãe de Cosme, Luciana Santos, foi solto dois dias depois da prisão, pelo juiz Luiz Moura, da Central de Inquéritos. A família de Cosme ficou revoltada e recorreu da decisão.
Ivaldo Filho, o "Tiquim", foi preso ao se apresentar com um advogado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O acusado passou menos de dois dias na cadeia. Os policiais do DHPP também não esconderam a indignação com a decisão da Justiça.
Outro motivo de reclamação dos delegados e policiais civis que investigaram o caso foi a demora da Corregedoria da Polícia Militar de adotar os procedimentos cabíveis para denúncia do acusado
Promotoria
O promotor Ubiraci Rocha, que acompanha o caso, reclama da omissão da Corregedoria da Polícia Militar. “Mesmo não tendo havido denúncia ou o inquérito policial não ter sido concluído, há um fato público e notório que poderia ensejar a ação da corregedoria da Polícia Militar. Eu fico, na verdade, surpreso se não foi feito, ainda, alguma coisa. Porque nesse sentido, apesar de uma ação independer da outra, e por isso já deveriam ter agido, certamente com a denúncia do Ministério Público numa ação criminal isso vai forçar com que a Corregedoria tome uma providência imediata sobre isso”, reclamou o promotor.
O soldado foi denunciado pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado contra a mãe da vítima, peculato e posse ilegal de munição.
Fonte: Da Redação
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