O presidente da Associação dos Professores da Universidade Federal do Maranhão (APRUMA), Vilemar Gomes da Silva, informou na manhã de ontem (22) que pediu a suspensão do calendário acadêmico da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Segundo ele, o atual calendário que está sendo mantido só trará prejuízos, tanto para os alunos como para os professores.

"Nós entramos com um pedido de suspensão do calendário, seguindo algumas universidades como a UFRJ. Entretanto, o colegiado não aprovou a suspensão. O calendário é prejudicial, pois está sendo seguido mesmo sem atividades oficiais", explica Vilemar Silva.

Na tarde da última terça-feira, 21, os professores da UFMA se reuniram para analisar a contraproposta de reajuste salarial que será apresentada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES junto aos negociadores da greve. Segundo o presidente da APRUMA, Vilemar Gomes da Silva, o documento visa uma flexibilização das Instituições Federais de Ensino para buscar o fim da greve. "A pauta nacional trata do reajuste que estamos flexibilizando dos 5% exigidos anteriormente para 4% de aumento," declara.

Vilemar Silva, afirmou ainda, que as pautas locais, serão mantidas e cobradas até a categoria ser ouvida pelo Reitor Natalino Salgado. "Nós enviamos esse documento visando a melhoria do ensino de forma coerente para não ocorrer mais problemas para os professores e para os alunos da UFMA", afirma o presidente.

A reportagem de O Imparcial entrou em contato com reitor da UFMA, Natalino Salgado, mas não obteve retorno. Entretanto, a reportagem falou com vice-reitor, Antonio Jose Silva Oliveira, que se pronunciou principalmente sobre as pautas locais apresentadas pela Apruma.

Oliveira afirma que as solicitações serão atendidas na medida das possibilidades, mas também que outras solicitações não estão em tempo para serem discutidas como o cancelamento do calendário acadêmico.

"Nós estamos cientes de todo os transtornos causados todas as vezes que temos greve de professores. Mas sobre o assunto do cancelamento, só tomaremos uma posição após o fim da greve, quando o Conselho de Pesquisa e Extensão se reunirá e definirá tudo sobre o calendário" afirma o vice-reitor.