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Professores de Comunicação da UFPI lançam manifesto contra a PEC 55 e em defesa da Educação

Professores consideram que as medidas adotadas pelo atual governo são arbitrárias

Sexta - 18/11/2016 às 22:11



Foto: Divulgação Ufpi
Ufpi

Os professores do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Piauí (UFPI) lançaram nessa quinta-feira, 17, manifesto contra a PEC 55 que tramita no Senado Federal e que estabelece um teto para os gastos com saúde e educação por até 20 anos.

Eles se posicionam a favor das manifestações pacíficas que acontecem em todo o país e contra o projeto e as medidas adotadas de forma autoritária pelo Governo Temer, que, segundo eles, são contra a classe trabalhadora, que vem sendo tratada com descaso.

Confira a nota na íntegra

MANIFESTO CONTRA A PEC 55 E EM DEFESA DA EDUCAÇÃO 

Nós, professores e professoras do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Piauí, presentes à Assembleia Departamental Extraordinária, realizada no dia 17 de novembro de 2016, repudiamos e nos posicionamos publicamente contra as recentes medidas adotadas pelo Governo Temer contra a classe trabalhadora. 

Somos a favor das manifestações legítimas e pacíficas que ocorrem em todo o país, reafirmando a importância histórica dos movimentos de resistência deflagrados nas escolas, institutos federais e universidades em defesa da educação e de outros direitos dos cidadãos brasileiros. 

Nosso posicionamento se faz urgente e necessário, pelo descaso com que a classe trabalhadora vem sendo tratada e pela maneira autoritária com que o atual governo impõe tais medidas, quais sejam: 

1 PEC 55 (antiga PEC 241), que congela, por 20 anos, os investimentos públicos que afetam diretamente os serviços essenciais à população e que inviabiliza reajustes de salários dos trabalhadores, a criação de novos cargos, reestruturação de carreiras e realização de novos concursos. 

2 MP 746, que tem por objetivo uma reforma do Ensino Médio, sem que tenha sido aberto um diálogo com a população brasileira, e que restringe a oferta de disciplinas de Artes, Educação Física, Sociologia e Língua Espanhola, além de permitir que o ensino profissionalizante seja exercido por detentores de “notório saber”. 

3 PL 193 (o "Projeto Escola sem Partido"), que limita a liberdade de expressão, um direito cidadão de imprescindível à construção do pensamento crítico e à defesa de direitos fundamentais. 

Nesse sentido, além de repudiar as propostas de precarização da educação, da saúde e de desmonte dos serviços públicos, estamos na trincheira para a construção de uma agenda de atividades, que possibilite discutir e apresentar alternativas a todo e qualquer projeto ideológico que ponham em risco o Estado brasileiro. 

Teresina, 17 de novembro de 2016

Fonte: Cintia Lucas

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