Foto: Alepi

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, participou na manhã de hoje (14) do Seminário Nacional de Gestão em Saneamento, realizado no Blue Tree Hotel. No evento, promovido pelo Sindicato dos Engenheiros do Piauí, o chefe do executivo municipal cobrou um posicionamento mais firme da Agespisa no que diz respeito ao abastecimento de água da capital e serviços de saneamento.

De acordo com o prefeito, em Teresina a situação do saneamento é vergonhosa, tendo em vista que menos de 20 da população é beneficiada com este serviço e o abastecimento de água ainda é ineficiente.

“Temos a Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos de Teresina (ARSETE), órgão que tem fiscalizado as ações da Agespisa no que diz respeito à questão do abastecimento de água e esgotamento sanitário em Teresina. Vamos fortalecer o trabalho da ARSETE no sentido de fazer com que a Agespisa cumpra com o que está estabelecido no contrato de concessão do serviço. O fato de Teresina ter menos de 20 de saneamento é fruto da decadência da Agespisa. Esperamos que a empresa cumpra o contrato e resolva o problema. Caso não seja cumprido, vamos reagir e procurar novos caminhos”, destacou Firmino.

No evento, o prefeito lembrou que na sua última gestão, em 2003, foi anunciada a construção de uma estação de tratamento de água na Santa Maria da Codipe, que até hoje não saiu do papel. “Esse fato demonstra os problemas gerenciais da Agespisa e a gestão municipal vai lutar em defesa dos direitos dos teresinenses. A Prefeitura já está trabalhando para isso. Pela primeira vez na história houve um aumento na tarifa feita pela ARSETE, que regula o serviço. Já fizemos um Plano de Água e Esgotos e estamos estudando um Plano de Saneamento para a capital. Queremos enfrentar e resolver o problema e a Agespisa precisa buscar alternativas, ou então a última saída pode ser a rescisão do contrato”, ressaltou.

O prefeito informou que um total de 17 da cidade conta com sistema de rede de coleta e tratamento de esgoto e que a Agespisa está executando a ampliação do sistema de abastecimento na zona Sul da cidade, o que dará um salto na cobertura para 55. “Ainda sim, não é um número bom, já que a cidade tem crescido muito e existe ainda uma grande área sem esgotamento sanitário. Portanto, estaremos atentos e acompanharemos os planos de investimento da Agespisa para a área de abastecimento de água e esgotamento”, disse.

Firmino Filho explicou também que o contrato da Agespisa com a Prefeitura estabelece como obrigações que 60 da população tenha acesso aos serviços de saneamento e água. “Não podemos mais conviver com a falta de água, com esgotos a céu aberto. A Agespisa precisa investir e solucionar esses problemas e estaremos atentos para cobrar e garantir esse direito, que é fundamental para o desenvolvimento da cidade e para qualidade de vida do nosso povo”, concluiu.