Política

REFORMA MINISTERIAL

Wellington Dias afirma ter apoio de Lula e nega fatiamento do MDS

O ministro afirmou que são baixas as chances de Lula ceder o MDS para o centrão

Da Redação

Quarta - 30/08/2023 às 12:22



Foto: Divulgação Lula e Wellington Dias
Lula e Wellington Dias

Em entrevista exclusiva ao jornal Folha de São Paulo, ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), disse que tem o apoio do presidente Lula (PT) para seguir no cargo e que a pasta não será fatiada. 

“Eu me sinto apoiado pelo presidente para cumprir as metas que ele estabeleceu com o povo”, afirmou Wellington Dias ao Folha de S.Paulo.

Lula está negociando a reforma ministerial para selar o embarque de PP e Republicanos no primeiro escalão do governo, na expectativa de consolidar uma base de apoio no Congresso. A escolha dos cargos, no entanto, é alvo de impasse.

O PP, partido do presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), quer assumir o Ministério do Desenvolvimento Social para dar vazão a emendas parlamentares para obras e compra de equipamentos para os centros de assistência social espalhados pelo país. Mas a pasta é considerada estratégica pelo PT, pois abriga o Bolsa Família, principal vitrine social do governo.

Nos últimos dias passou a circular na imprensa a informação de que o Desenvolvimento Social será dividido, sendo que o Bolsa Família ficaria sob o comando de Wellington Dias e as demais áreas da pasta seria cedidas para o centrão. 

Segundo o ministro, essa ideia já foi descartada pelo próprio Lula.

“Essa decisão ele [Lula] tomou [de não dividir o ministério]. Quando se separou o Auxílio Brasil [antecessor do novo Bolsa Família] desses programas sociais, o que aconteceu? Não foi só a pandemia, cresceu a fome, cresceu a pobreza e a extrema pobreza, cresceu a população de rua, enfim, uma situação social grave”, afirmou Dias.

“O presidente sabe mais do que ninguém que Bolsa Família é mais que transferência de renda. Mas ele tem que estar integrado. Aqui são 33 programas, porque não é só transferir dinheiro. Cada programa desses tem um impacto, porque a pobreza não é uniforme. São variadas situações”, acrescentou.

O ministro sinalizou que as chances de Lula ceder o comando do Desenvolvimento Social para o centrão são baixas. “Eu vou usar aqui uma frase que já ouvi uma vez o presidente Lula dizer: ‘o Ministério do Desenvolvimento Social é tão estratégico que, se eu pudesse, eu me nomearia para ele'”.

Por outro lado, o ministro reconhece que o governo precisa de ajustes na articulação com o Congresso e abrir espaço na Esplanada para alcançar a estabilidade política.

Fonte: Com informações da Folha de S. Paulo

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