Foto: Reprodução
Sindserm mantém greve por tempo indeterminado
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) irá entrar com ação de improbidade administrativa no Ministério Público do Piauí (MPPI) contra a Prefeitura de Teresina, pois a administração municipal até agora não apresentou os dados que se comprometeu a apresentar em audiência, que em tese comprovariam que não tem como arcar com o reajuste reivindicado pelos professores da rede municipal de educação da capital.
Além disso, o Sindicato pretende entrar com duas representações no Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) com denúncias contra a Prefeitura de Teresina: uma de R$ 82 milhões, relacionada à compra de livros com sobrepreço e sem licitação, e outra de R$ 62 milhões, relacionada ao transporte escolar.
Os membros do Sindicato se reuniram com conselheiros do TCE na manhã desta terça-feira (23), para tratar do reajuste de 15,8% reivindicado pelos profissionais da educação do município. Em greve há 51 dias, os manifestantes protestaram em frente a Câmara Municipal, denunciando as articulações feitas pelos vereadores para votar contra a derrubada do veto de Dr. Pessoa ao reajuste de 20,8%.
Inicialmente, os vereadores haviam subido o valor do reajuste de 5% para 20,8%, mas, após Dr. Pessoa vetar o aumento, os vereadores mudaram o pensamento e votaram pela manutenção do veto, mantendo o reajuste em 5%, como proposto pelo prefeito.
Segundo o Sindserm, a base do prefeito na Casa alega “falta de recursos”, “período de vedação eleitoral” e “limite da Lei de Responsabilidade Fiscal” para conceder o reajuste aos professores. Mas não considerou os mesmos motivos ao propor Projeto de Resolução Normativa que reajusta os salários dos vereadores de Teresina em 31%, chegando a R$ 24.754,79.
O Sindicato também comunicou que a greve irá continuar e convocou uma Manifestação em Defesa da Educação e Contra a Corrupção na sexta-feira (26), em frente ao Palácio da Cidade, sede da Prefeitura.
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