Política

DISCURSO

Merlong critica taxa de juros: “dificulta o crescimento econômico”

O parlamentar destacou que Estados e Municípios pagaram juntos quase R$ 79 bilhões de juros da dívida pública, totalizando cerca de R$ 600 bi pagos pelos entes federativos.

Da redação

Quinta - 16/02/2023 às 11:01



Foto: Reprodução Deputado federal Merlong Solano
Deputado federal Merlong Solano

O deputado federal Merlong Solano (PT) criticou nesta quarta-feira (15), em plenário, a política monetária praticada pelo Banco Central, que, para o parlamentar, dificulta a retomada do crescimento econômico do país. Merlong reforçou que o sistema financeiro cobra juros extorsivos sobre a dívida pública e pontuou que somente ano passado a União pagou R$ 503 bilhões de juros da dívida pública, o que corresponde a 4 vezes mais o que foi investido na saúde.

O parlamentar destacou que Estados e Municípios pagaram juntos quase R$ 79 bilhões de juros da dívida pública, totalizando cerca de R$ 600 bi pagos pelos entes federativos.  Ele fez um comparativo com os percentuais cobrados em outros países e ressaltou que juro elevado não pode ser usado como desculpa para controlar a inflação.

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“Alta taxa de juros não pode ser pretexto para controlar a inflação. Há quem considere uma heresia o presidente Lula criticar a taxa de juros. A Selic hoje está em 13,75% ao ano, enquanto na União Europeia (UE) está em 4,5%. Sendo que lá na UE a inflação é de quase 10%, já a nossa é de 5%. Alegam que a dívida pública no Brasil está muito alta. Mentira. A nossa dívida pública é de 73% do PIB. A UE tem vários países passando de 100% do PIB. A Itália chega a 150% do PIB e nos Estados Unidos está em 110% do PIB”, citou o petista.

Merlong pontuou ainda que, enquanto o Brasil paga juro real de 8% para engordar ainda mais o setor financeiro, outros países estão praticando taxas de juros negativas. “No Brasil o rabo está abanando o cachorro. A dívida pública é que está governando o país e há parlamentares que acham isso normal e que isso deve continuar. Eu não me incluo entre eles. Não se pode achar que a política monetária está dissociada da política econômica. O Brasil deve enfrentar a dívida pública com crescimento da economia e com juro que seja razoável, que o país possa pagar, combinando com a sua capacidade de investimento”, finalizou o petista.

Fonte: Celina Honorio

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