Política

ALEPI

Deputada volta a denunciar a falta de medicamentos na Farmácia do Povo

Tereza Brito denunciou que não estão disponíveis vários outros medicamentos porque a Secretaria de Estado da Saúde não tem planejamento e nem organização para que os pacientes possam receber os remédios

Da Redação

Quarta - 04/08/2021 às 16:45



Foto: Deputada Teresa Britto
Deputada Teresa Britto

A deputada estadual Teresa Britto (PV) voltou a criticar a falta de medicamentos na Farmácia do Povo. Foi durante a sessão desta quarta-feira (4) na Assembleia Legislativa. A oradora foi informada pela Associação dos Pacientes Renais Crônicos que o medicamento Sacarato de Ferro, vital para quem precisa fazer hemodiálise, está em falta há três meses. "Se não tomar o remédio, o paciente pode morrer”.

A deputada denunciou que não estão disponíveis vários outros medicamentos porque a Secretaria de Estado da Saúde não tem planejamento e nem organização para que os pacientes possam receber os remédios necessários para continuar vivos. “O Sacarato é até um medicamento relativamente barato, mas o Estado não compra e não lembra que o doente tem que tomar todos os dias”, frisou.

Teresa Britto frisou que ontem já denunciou o atraso no pagamento da Cooperativa dos Anestesistas, fazendo com que os profissionais fiquem sem salários há vários meses, podendo causar prejuízos em cirurgias de urgência e até mesmo eletivas. “Espero que o Estado pague, já fiz requerimento ao secretário de Saúde e ao governador para que eles cumpram o contratado”, disse.

A parlamentar reclamou ainda que por falta de concursos o Estado tem mais de 3,5 mil servidores com contratos precários, quase todos eles com salários atrasados. “Os anestesistas estão no meio deles e se fossem concursados talvez esse problema não existisse”, argumentou.
Teresa Britto disse que durante o recesso parlamentar esteve em vários municípios e verificou o descaso em vários setores. “Em Altos eu visitei uma escola de tempo integral onde uma quadra poliesportiva começou a ser construída em 2012 e ainda não está pronta. Eu fui lá e não consegui entrar porque o mato está maior do que eu. A própria reforma da escola também está parada e deveria ter sido concluída em abril e até agora nada”.

Somente do ano passado até agora, prosseguiu a oradora, a Secretaria de Estado da Educação teria recebido mais de R$ 2 bilhões e em todas as cidades onde andou não viu a aplicação desses recursos. “Em Cajueiro da Praia só existe uma escola, muito pequena, construída ainda no governo de Freitas Neto. A reforma foi iniciada há quase dez anos e ainda não terminou. Nesses tempos de pandemia não tem como haver aulas”.

Outra questão grave, segundo a deputada do PV, é a saúde nos hospitais públicos. Por isso planeja vistoriar os hospitais estaduais que foram fiscalizados em 2019, onde a situação não melhorou em nada. “Fiquei feliz em saber que o Hospital da Polícia Militar fechou a ala covid, assim como Canto do Buriti e Parnaíba. O HPM vai fazer outros procedimentos, mas como ficam os pacientes do interior? Serão mandados para Teresina, para a rede municipal. A covid não acabou e todo dia morre gente e mais casos são notificados. Muita gente morreu em Picos, Floriano e Parnaíba e ninguém nem soube”.

Enderrando o discurso, Teresa Britto, que preside a Comissão de Direitos Humanos e Juventude da Alepi, vai promover debates sobre as ações que podem ser feitas em favor dos jovens. “Vou cobrar da Coordenadoria da Juventude o que está sendo feito, pois não é mais hora de pensar. É hora de fazer, mas ninguém sabe o que esse coordenador faz”, criticou.

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: